5 Formas de Aumentar a Rentabilidade nos Seus Investimentos

visao homem sobre o manejo dinheiro e dos fundos para riqueza e prosperidade

Aumentar a rentabilidade é o desejo número 1 de quem investe com foco na liberdade financeira. Afinal, quanto maior o retorno anual, menor o capital necessário ou o tempo de espera para viver de renda passiva. Se você sente que o seu dinheiro evolui devagar, este artigo vai mostrar, em detalhes práticos, as mesmas cinco abordagens apresentadas por Thiago Nigro, do canal O Primo Rico, e reforçar como aplicá-las no cenário brasileiro. Ao longo da leitura você entenderá a mentalidade por trás dos grandes investidores, verá comparativos de desempenho, tirará dúvidas no FAQ e sairá com um plano-de-ação concreto para potencializar ganhos sem correr riscos desnecessários.

A mentalidade da rentabilidade acima da média

Antes de mergulhar nas técnicas, é essencial compreender que rentabilidade superior é consequência de três pilares: conhecimento, disciplina e racionalidade. Warren Buffett, por exemplo, manteve cerca de 20 % ao ano por mais de cinco décadas, mas sempre lembra que sua vantagem competitiva nasceu de estudar negócios em profundidade e agir somente quando as probabilidades estavam a seu favor. No Brasil, nomes como Luiz Barsi seguiram caminho semelhante: acumularam capital, reinvestiram dividendos e jamais se renderam ao “barulho” de curto prazo.

Para o investidor pessoa física, isso se traduz em criar o próprio manual de decisões, revisado periodicamente. Um bom ponto de partida é registrar metas de rentabilidade, prazo e risco máximo tolerado. Se o objetivo for, digamos, superar o CDI em 5 p.p. ao ano, toda escolha de ativo precisará comprovar o potencial para entregar esse adicional.

Dito isso, vamos às cinco estratégias apresentadas no vídeo e enriquecidas aqui com cases locais, tabelas e listas práticas. Aplique-as gradualmente, mensure resultados e ajuste o leme sempre que necessário.

Estratégia 1 – Reduzir custos invisíveis: taxas, impostos e spread cambial

Por que as despesas corroem resultados?

Thiago Nigro enfatiza que a diferença entre 8 % e 10 % ao ano parece pequena, mas ao longo de 20 anos dobra o montante final. Muitas vezes, o investidor deixa 2-3 p.p. na mesa pagando taxas de corretagem, administração ou performance desnecessárias. Outro vilão é o spread na compra de dólar ou cripto, que beira 4 % em algumas plataformas.

Boas práticas para cortar custos

  • Optar por corretoras zero taxa para ações e BDRs.
  • Migrar de fundos de 2 % de administração para ETFs que cobram 0,30 %.
  • Utilizar contas internacionais com spread inferior a 1 % na remessa.
  • Aproveitar isenção de IR em vendas de até R$20 mil/mês em ações.
  • Revisar seguros e Previdência: Muitas PGBLs cobram 2 % a.a.

Pequenas economias geram um efeito bola de neve positivo. Um portfólio de R$100 mil que economiza 1 % ao ano acumula R$27 mil a mais em 20 anos (juros compostos a 10 %).

Estratégia 2 – Alocação de ativos inteligente: equilíbrio entre risco e retorno

Entendendo a diversificação eficiente

Conforme o vídeo, “não é apenas o que você compra, e sim como combina os ativos”. A moderna teoria de portfólio defende que distribuir capital entre classes com correlação baixa melhora a rentabilidade ajustada ao risco. Na prática, significa misturar renda fixa atrelada ao IPCA, ações brasileiras, REITs/BDRs e, eventualmente, ouro.

Exemplo de carteira balanceada

Considere um investidor moderado que coloca 40 % em Tesouro IPCA+ 2035, 30 % em ações blue chips brasileiras, 20 % em ETFs de S&P 500 e 10 % em FIIs logísticos. Nos últimos dez anos, uma composição semelhante teria oferecido 12 % a.a. nominal, com volatilidade menor que o IBOV puro.

Cada classe reage de forma diferente às crises. Em 2020, o Tesouro IPCA chegou a cair 10 %, mas os FIIs seguraram o rendimento de aluguéis e os ETFs de tecnologia nos EUA se valorizaram, protegendo o todo. Alocar de forma estratégica, portanto, é aumentar a rentabilidade média sem elevar o risco total.

Estratégia 3 – Reinvestir rendimentos: o turbo dos juros compostos

Dividendos, cupons e aluguéis trabalhando por você

Uma lição central do vídeo é “não gaste o que seus ativos geram; reinvista”. Quando você automatiza o reaporte dos proventos, a rentabilidade efetiva dispara. O estudo abaixo compara quem reinveste e quem consome dividendos:

Ano Capital reinvestido Capital sem reinvestir
0 R$ 100.000 R$ 100.000
5 R$ 161.051 R$ 130.000
10 R$ 259.374 R$ 160.000
15 R$ 417.724 R$ 190.000
20 R$ 672.749 R$ 220.000
25 R$ 1.083.471 R$ 250.000

No exemplo, utilizamos 8 % de valorização + 4 % de dividend yield. A pessoa que reinveste seus 4 % termina com 4,3 x mais patrimônio após 25 anos. Não é mágica, é matemática de juros sobre juros.

Dica prática: ative a função de compra automática em sua corretora. Toda vez que o dividendo cair na conta, ele será alocado no mesmo ativo, fracionando custos operacionais.

Estratégia 4 – Selecionar veículos de alto potencial: ações de crescimento, small caps e alternativas

Aprendendo com Peter Lynch e Carl Icahn

Lynch entregou 29 % ao ano no Magellan Fund porque enxergava oportunidades em empresas subavaliadas que cresciam acima da média. O investidor brasileiro pode replicar a lógica analisando small caps lucrativas, startups via equity crowdfunding ou CRIs de bons incorporadores.

Checklist de seleção de ativos de alto potencial

  1. Receita crescendo >15 % a.a. nos últimos três anos.
  2. Margem líquida positiva e em expansão.
  3. Dívida líquida/EBITDA < 2.
  4. Vantagem competitiva clara (marca, patentes ou escala).
  5. Gestão com skin in the game acima de 10 % do capital social.
  6. Preço/Lucro abaixo da média do setor.
  7. Liquidez diária suficiente para entrar e sair sem distorções.

Aplicando o checklist, quem comprou Sinqia (SQIA3) em 2017 viu alta de 480 % até 2022, muito acima do Ibovespa. No entanto, lembre-se de limitar exposição a no máximo 10 % da carteira, reduzindo impacto de possíveis fracassos.

“O segredo da rentabilidade extraordinária é combinar ótima empresa, ótimo preço de entrada e paciência para esperar o mercado reconhecer o valor.” — Howard Marks, gestor da Oaktree Capital

Estratégia 5 – Gestão de risco e controle emocional: proteger o capital para multiplicar

Stop loss mental x stop gain racional

Rentabilidade alta só faz sentido se a carteira sobreviver aos ciclos de queda. O Primo Rico ressalta a importância de proteger ganhos com regras claras: rebalancear sempre que um ativo sobe demais, manter caixa para aproveitar barganhas e evitar alavancagem excessiva.

Do ponto de vista comportamental, o maior risco é você mesmo. Viés de confirmação, efeito manada e medo de perder (FOMO) induzem decisões contrárias à lógica. Um estudo da Dalbar Inc. mostrou que o investidor médio de fundos nos EUA obteve 4 % a.a. nos últimos 30 anos, contra 10 % do mercado, justamente porque pulava fora em crises e voltava caro. Disciplinar-se, portanto, é a quinta e talvez mais importante estratégia para aumentar a rentabilidade.

Alerta amarelo: Se um ativo cair 50 %, precisa subir 100 % para voltar ao ponto de partida. Defina limites de perda por posição (ex.: 10 %) e use ordens de stop quando necessário.

Comparativo de rentabilidades históricas e lições práticas

Para contextualizar as cinco estratégias, observe a tabela a seguir com rentabilidades médias anuais de diferentes perfis de carteira na última década:

Perfil Rentabilidade Média Volatilidade
CDI (base) 6,4 % 0,3 %
Carteira 60/40 Brasil 10,7 % 9,2 %
Carteira Global Diversificada 12,1 % 8,7 %
Small Caps selecionadas 18,5 % 21,3 %
Top 10 Fundos Multimercado 15,0 % 11,5 %
Estratégia Buffett (Value) 14,2 % 10,1 %
Cripto Top 5 65,0 % 80,0 %

Note que maior rentabilidade normalmente vem com maior volatilidade. Aqui entra o aprendizado: use a alocação equilibrada para capturar parte dos retornos mais altos sem carregar todo o risco.

Síntese das 5 formas: 1) Corte custos; 2) Diversifique com lógica; 3) Reinvista sempre; 4) Escolha ativos de alto potencial bem analisados; 5) Proteja o capital e mantenha disciplina.

Perguntas e Respostas FAQ

Como calcular a rentabilidade real dos meus investimentos?

Subtraia a inflação (IPCA) da rentabilidade nominal e desconte ainda custos e impostos. O resultado mostra o ganho efetivo de poder de compra.

Vale a pena pagar taxa de performance em fundos?

Somente se o gestor superar consistentemente o benchmark depois de todas as taxas. Analise o histórico de 3 a 5 anos antes de decidir.

Qual o percentual ideal em small caps?

Para perfil moderado, entre 5 % e 10 % do portfólio. Para agressivo, até 20 %. Acima disso o risco concentra demais.

Reinvisto dividendos mesmo em mercados em queda?

Sim. Comprar barato eleva o retorno futuro. Ao longo de décadas, a estratégia de reinvestir nos momentos de baixa gera preço médio menor.

Como controlar a emoção durante crises?

Tenha uma política de investimento escrita, pratique meditação ou esportes para reduzir ansiedade e evite checar cotações todo dia.

Existe hora certa para vender um ativo vencedor?

Venda parcial quando o peso na carteira ultrapassar seu limite ou se a tese fundamental mudar (queda de lucro, quebra de vantagem competitiva).

O que é rebalanceamento e de quanto em quanto tempo fazê-lo?

Rebalancear é voltar às proporções-alvo vendendo o que subiu e comprando o que caiu. Faça a cada seis meses ou quando o desvio superar 5 p.p.

Conclusão: o próximo passo rumo à liberdade financeira

Recapitulando em tópicos:

  • Cortar custos adiciona 1-3 p.p. de retorno sem elevar risco.
  • Alocar ativos de forma estratégica equilibra volatilidade.
  • Reinvestir rendimentos acelera exponencialmente o patrimônio.
  • Escolher ações e veículos de alto potencial turbina o ganho médio.
  • Controlar riscos e emoções garante sobrevivência nos ciclos.

Agora que você domina as cinco formas de aumentar a rentabilidade, abra sua planilha, avalie cada ponto e implemente um ajuste por semana. Dentro de alguns meses, sua carteira já mostrará desempenho superior e o sonho de viver de renda passiva ficará palpável. Se este conteúdo fez sentido, compartilhe com seus amigos investidores.

Bons investimentos e até a próxima análise!

Conteúdo inspirado no canal O Primo Rico

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