Temporal força Toyota a suspender produção em fábricas brasileiras; empresa é a quinta maior do país

A montadora Toyota interrompeu as operações de todas as suas unidades fabris no Brasil após um temporais que causou danos significativos na sua planta localizada em Porto Feliz, interior de São Paulo, no início desta semana. A informação foi confirmada tanto pela empresa quanto pelo Sindicato dos Metalúrgicos das regiões de Sorocaba e arredores, locais onde a Toyota mantém suas fábricas, especificamente em Sorocaba e Indaiatuba.

Com a paralisação das unidades, a fabricação dos modelos Yaris Cross, Yaris (exclusivamente para exportação), Corolla e Corolla Cross foi temporariamente suspensa.

Atualmente, a Toyota é a quinta maior fabricante de veículos no Brasil, ficando atrás de Stellantis, Volkswagen, General Motors e Hyundai. No ano anterior, a empresa produziu mais de 200 mil veículos no país.

Consequências econômicas da paralisação

Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), por meio da subseção do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, até agosto de 2025, as exportações brasileiras de automóveis de passeio somaram US$ 4 bilhões, o que representa um crescimento de 62% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Toyota é responsável por aproximadamente 25% dessas exportações.

Somente a unidade de Sorocaba exportou US$ 935,4 milhões entre janeiro e agosto de 2025, correspondendo a 23,1% do total nacional. Quando somadas as exportações da planta de Indaiatuba, o valor ultrapassa US$ 1,1 bilhão, ou seja, cerca de 28% do total exportado pelo Brasil. A Argentina é o principal mercado consumidor, absorvendo quase 70% dos veículos enviados pela unidade de Sorocaba. Esses dados foram compilados pelo DIEESE com base em informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Impactos sobre o emprego

Além dos impactos financeiros, a suspensão das operações também afeta diretamente o emprego na região. A fábrica da Toyota em Sorocaba conta com uma equipe de cerca de 4.500 funcionários. O sindicato local realizou uma reunião com a direção da empresa na última quarta-feira para discutir a situação.

Leandro Soares, presidente do sindicato, declarou que não haverá demissões decorrentes da paralisação. Ele ressaltou que a relação de confiança entre o sindicato e a montadora permite o enfrentamento conjunto de situações complicadas, como ocorreu durante a pandemia. Diante da atual crise climática, que interrompeu as operações em Sorocaba, Porto Feliz e Indaiatuba, as partes estão empenhadas em garantir segurança para os trabalhadores e encontrar alternativas que mantenham a indústria em funcionamento.

Em comunicado oficial, a Toyota informou que a retomada das atividades na planta de motores em Porto Feliz deve levar meses. Enquanto isso, a empresa está negociando a possibilidade de receber motores de outras fábricas da Toyota em diferentes países, com a intenção de reiniciar a produção de veículos nas unidades de Sorocaba e Indaiatuba o quanto antes.

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