Black Friday: como evitar golpes em lojas falsas da Shopee e da Havan na internet

Pesquisadores de segurança digital identificaram recentemente a circulação de sites falsos que imitam a Shopee e a Havan, especialmente durante a Black Friday, com o objetivo de enganar consumidores. Essas páginas falsas reproduzem o design das lojas oficiais, oferecem descontos de até 70% e pedem que o pagamento seja feito exclusivamente via PIX.

Um exemplo é o site fraudulento que simulava ser a Shopee, oferecendo um videogame por R$ 2 mil, valor muito inferior aos R$ 3 mil encontrados em vendedores confiáveis.

Em nota ao g1, a Shopee afirmou que atua prontamente com as autoridades sempre que identifica possíveis fraudes, enquanto a Havan não retornou aos contatos da reportagem.

Identificando páginas fraudulentas

Para evitar cair em golpes como esses, especialistas recomendam tomar alguns cuidados ao navegar:

  • Verifique o endereço da página (URL): os sites legítimos de grandes empresas brasileiras normalmente terminam com “.com.br”; alguns usam “.com”. Links suspeitos, como aqueles terminados em “.app”, devem ser evitados. Por exemplo, um site falso da Shopee exibia o nome “Shope”, com erro na grafia.
  • Prefira digitar o endereço direto no navegador ou usar o aplicativo oficial: anúncios nas redes sociais podem direcionar para páginas falsas.
  • Observe inconsistências visuais no site: páginas falsificadas costumam copiar o visual das oficiais, mas apresentam falhas, como ícones sociais que não redirecionam para lugar algum.
  • Cuidado com mensagens que pressionam para uma compra rápida: alertas como “tempo acabando” ou “últimas unidades” são táticas comuns usadas para criar senso de urgência no consumidor.
  • Desconfie de preços muito abaixo do mercado: ofertas fora do normal, com descontos exagerados, costumam indicar fraude.
  • Atenção quando houver apenas uma forma de pagamento: golpistas frequentemente aceitam somente PIX, o que deve levantar suspeitas, mesmo com descontos menores.

Em caso de golpe, é fundamental acionar o banco imediatamente e registrar ocorrência junto ao Mecanismo Especial de Devolução (MED) para tentar reverter a transação via Pix.

Golpistas aproveitam alta demanda da Black Friday

Segundo a empresa de segurança digital ESET, os links falsos são distribuídos via anúncios em redes sociais, e-mails e mensagens SMS. Além disso, as páginas fraudulentas costumam usar contagem regressiva e comunicam estoque limitado para pressionar o consumidor a concluir a compra rapidamente.

Na fase do pagamento, essas lojas pedem dados pessoais, como nome, telefone e e-mail, que podem ser usados para golpes futuros.

Daniel Barbosa, pesquisador da ESET, destaca que a engenharia social é usada para atrair e enganar os consumidores, especialmente em períodos de alto volume de compras, como a Black Friday.

Posicionamento da Shopee

A Shopee reforça que qualquer informação sobre páginas externas com ofertas falsas não procede, orientando que promoções e comunicações oficiais acontecem somente por meio do site, aplicativo e redes sociais da marca. A empresa monitora constantemente possíveis golpes e atua rapidamente com autoridades e provedores para remover páginas ilícitas.

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