Queda Da Pobreza Na Argentina Impulsiona Otimismo Econômico

Queda Da Pobreza Na Argentina Impulsiona Otimismo Econômico

Pobreza na Argentina registra queda para nível mais baixo desde 2018

A combinação entre medidas de austeridade, controles cambiais e uma política monetária rigorosa ajudou a frear o aumento dos preços no início do ano, contribuindo para a redução da pobreza no país.

Segundo dados oficiais divulgados recentemente, a taxa de pobreza na Argentina atingiu seu menor índice desde 2018. Esta melhora acontece após o presidente Javier Milei adotar ações que conseguiram diminuir a inflação abundante registrada em três dígitos. Esse cenário pode fortalecer o apoio ao governo antes das eleições de meio de mandato previstas para outubro.

No primeiro semestre de 2025, 31,6% da população argentina vivia em situação de pobreza, número significativamente menor comparado aos quase 53% observados no início da gestão de Milei, há um ano.

A estabilidade do peso argentino e a continuidade da queda na inflação foram possíveis mesmo depois da suspensão parcial dos controles cambiais em abril, medida que ocorreu após a aprovação de um programa de US$ 20 bilhões patrocinado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Essas políticas fizeram com que um contingente maior de pessoas conseguisse sair da pobreza ao longo do ano.

Desafios políticos e econômicos para Milei

Apesar dos avanços na redução da pobreza, o apoio político ao presidente Milei antes das próximas eleições de meio de mandato permanece instável. O partido do governo sofreu uma derrota significativa numa votação importante na província de Buenos Aires, região onde os índices de pobreza superam a média nacional. Esse resultado gerou instabilidade nos mercados e levou os Estados Unidos a intervirem anunciando uma possível ajuda financeira adicional de US$ 20 bilhões.

De acordo com a Bloomberg, a economia argentina parou de crescer após os primeiros meses de austeridade, registrando retração por três meses consecutivos até julho. O desemprego segue elevado e os empregos informais, que normalmente oferecem rendimentos menores e menor proteção social, cresceram mais rápido do que os empregos formais. O maior desafio para Milei será encontrar um equilíbrio entre políticas fiscais rigorosas e iniciativas que incentivem a geração de emprego e o crescimento econômico.

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