Aceleração Da Receita Da XP Ganha Espaço Entre Bancos; Entenda O Que Fazer Com As Ações
Goldman Sachs destaca expectativa de crescimento de receitas da XP em cerca de 10% ao ano em 2025
Aceleração da receita da XP é apontada como uma oportunidade importante pelo Goldman Sachs, que avalia um potencial aumento mais expressivo no próximo ano. A corretora projeta crescimento das receitas em torno de 10% para 2025, esperando um cenário ainda mais favorável para 2026.
De acordo com o banco, o CEO Thiago Maffra e o CFO Victor Mansur apresentaram a analistas a perspectiva para os próximos trimestres, onde a XP planeja ampliar suas receitas significativamente. Para 2025, a expectativa é de cerca de 10% de aumento, já para 2026, um mercado em alta pode elevar esse percentual para entre 20% e 30%.
Outro ponto importante discutido foi a antecipação de maiores emissões de instrumentos com isenção de impostos a partir do terceiro trimestre de 2025, por conta de mudanças tributárias previstas para 2026. Esse movimento deve favorecer o uso do balanço patrimonial e a distribuição subsequente para os clientes deve ocorrer no primeiro semestre de 2026, indicam os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld e Lindsey Shema.
No relatório, o Goldman Sachs ressalta que, apesar de uma fraqueza nos primeiros seis meses do ano, a administração da XP projeta estabilidade no varejo e desempenho conforme o esperado no atacado, deixando boas perspectivas para o segundo semestre.
A XP também revelou que sua saúde financeira atual, com excesso de capital e caixa, permite que mantenha uma estratégia de distribuição de lucros indiferente ao cenário macro, pelo menos até o período das eleições de 2026.
Nos últimos dois anos, a empresa investiu em fortalecer seus negócios principais, aprimorando sua plataforma e modelo de incentivos. Além disso, planeja expandir campanhas para aumentar o engajamento dos clientes, enfrentando a concorrência dos bancos tradicionais que oferecem produtos atrativos e isentos de impostos, segundo o Goldman Sachs.
Aproveitando a oportunidade, a XP reforçou seus processos internos com diretrizes mais rígidas sobre portfólio e relacionamento, permitindo que seus consultores concentrem-se nas operações comerciais. Apesar de alguns produtos terem apresentado bom desempenho, a base com relacionamento bancário principal, composta hoje por cerca de 100 mil clientes, ainda é pequena para a empresa.
Para ampliar esse número, a XP vem investindo em aumentar seu portfólio de serviços, destacando uma forte performance nos produtos de consórcios e na nova linha de cartões lançada recentemente.
O Goldman Sachs mantém recomendação de compra para as ações da XP, com preço-alvo para os próximos 12 meses em US$ 23, o que indicaria uma valorização potencial de 38,9% em relação ao último fechamento. A cotação atual está em 11,4 vezes o P/E estimado para 2025, porém o preço-alvo sugere que poderia chegar a 13,4 vezes o P/E.
Entre os principais riscos à queda, o banco cita a possibilidade de resultados mais fracos nas entradas líquidas, dificuldade em alcançar a alavancagem operacional prevista, manutenção de taxas de juros elevadas por mais tempo, além de desafios operacionais que podem prejudicar o avanço em segmentos como previdência, seguros e crédito.
XP Investe Em Novas Soluções E Produtos Para Elevar A Qualidade No Atendimento
Após reuniões com a direção da XP, o Citi destacou que os consultores internos de investimentos apresentaram crescimento alinhado às expectativas, com aumento de 600 profissionais em 2025, podendo avançar ainda mais em 2026.
A gestão da XP frisa que a plataforma e os produtos contemplam um público diversificado, desde os clientes de baixa renda até os de ultra alta renda (UHNW), oferecendo múltiplas soluções e formatos de remuneração, tanto por honorários como por comissões. Essa abordagem eleva o padrão de atendimento, afetando os agentes independentes (IFAs) que não acompanham o nível esperado, observa o Citi.
O Citi também sinaliza que o segundo trimestre apresentou um mercado de dívida mais lento, mas há otimismo na antecipação de um impulso na segunda metade do ano, especialmente antes das eleições de 2026.
Acredita-se que, em cenário de mercado positivo, o ritmo de crescimento da receita da XP pode subir para 20% ao ano, resultando em incremento robusto de lucro pela alavancagem operacional, completa o relatório do Citi.
O banco recomenda a compra das ações da XP, estabelecendo preço-alvo para 12 meses em US$ 22, equivalendo a uma valorização estimada de 32,9% em relação ao fechamento recente. Conforme a projeção, as ações negociariam a um múltiplo P/L aproximado de 11,3 vezes em 2026.