Petrobras PETR4: Expectativas Para Relatório De Produção No 3T

Petrobras PETR4: Expectativas Para Relatório De Produção No 3T

Petrobras: Expectativas para o relatório de produção do terceiro trimestre de 2025, segundo especialistas

A Petrobras (PETR4) deve apresentar um aumento de aproximadamente 8% na produção do terceiro trimestre de 2025, em comparação ao trimestre anterior, totalizando cerca de 2,5 milhões de barris diários, conforme indicam analistas baseados em dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Esse crescimento é atribuído à redução das interrupções para manutenção e à gradual retomada das operações em algumas unidades da companhia.

O relatório de produção e vendas será divulgado nesta sexta-feira (24), após o fechamento do mercado. Os analistas destacam esses números como um componente chave para as expectativas do balanço financeiro a ser divulgado em 6 de novembro.

De acordo com a XP Investimentos, o avanço na produção é fundamental para a previsão de resultados financeiros mais robustos no comparativo trimestral. Contudo, a XP alerta que o aumento nas vendas pode não acompanhar imediatamente esse crescimento na produção, já que parte do excedente pode estar em estoque, em trânsito ou aguardando embarque no fim do trimestre.

Além do incremento no volume produzido, o cenário de preços contribuiu positivamente, ainda que modestamente. O preço do petróleo tipo Brent teve média de US$ 69 por barril, alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior, embora esteja abaixo dos níveis do ano passado. A valorização do real colaborou para compensar a leve queda nos preços domésticos dos combustíveis, conforme a XP.

Segundo projeções da XP, o Ebitda da Petrobras deve registrar crescimento de 10,8% sobre o trimestre anterior, alcançando cerca de US$ 11,3 bilhões, enquanto o lucro líquido deve apresentar redução de 8,5%, para aproximadamente US$ 4,3 bilhões.

Do ponto de vista do fluxo de caixa livre ao acionista (FCFE), estimativas indicam um valor próximo a US$ 2,7 bilhões, com dividendos calculados em US$ 2,3 bilhões, o que corresponde a um dividend yield estimado em torno de 3,3%.

Produção e vendas de combustíveis em alta

Para o Citi, a combinação da produção crescente com a ampliação das vendas de combustíveis pode sustentar resultados recorrentes sólidos e garantir a resiliência dos dividendos da Petrobras.

No segmento de refino, a expectativa é de elevação na taxa de utilização das unidades e no volume de vendas, especialmente devido a fatores sazonais.

Apesar do cenário favorável para produção e vendas, o Citi mantém uma postura cautelosa sobre a alavancagem financeira da Petrobras, considerando a redução no preço do petróleo e o pagamento de dividendos ordinários que excedem a geração de fluxo de caixa livre (FCFE). O banco mantém recomendação neutra para os recibos de ações (ADRs), com preço-alvo estipulado em US$ 12.

Perspectivas futuras para a Petrobras

Além dos números operacionais e financeiros, o mercado estará atento às orientações que a Petrobras fornecerá em relação aos preços dos combustíveis e ao plano estratégico para os próximos cinco anos.

Espera-se uma revisão no plano estratégico para reduzir expectativas de investimentos, refletindo a queda do preço do petróleo Brent, que chegou a ser negociado a US$ 61 por barril, valor mais baixo em cinco meses, apesar da recuperação observada recentemente. Atualmente, as projeções do plano consideram o Brent a US$ 83 por barril.

O BTG Pactual enxerga possibilidade de aumento na produção e redução nos investimentos e despesas operacionais (capex e opex). Segundo analistas do banco, essa combinação poderia acelerar o pagamento de dividendos adicionais com maior magnitude do que a precificada no mercado atualmente.

O BTG estima que os dividendos ordinários possam render entre 9% e 10% ao ano.

Já a Empiricus Research destaca que a elevada produtividade do pré-sal, os baixos custos de extração e a vantagem competitiva da Petrobras nas licitações garantem à estatal um fluxo de caixa robusto, consolidando-a como uma importante pagadora de dividendos.

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