Aneel mantém bandeira vermelha patamar 1 para novembro; cobrança adicional na conta de luz continua
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, para o mês de novembro, a bandeira tarifária permanecerá no nível vermelho patamar 1. Isso significa que o valor extra cobrado na conta de energia dos consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional seguirá sem alterações.
Essa decisão é resultado das condições desfavoráveis do cenário hídrico atual, que impede a redução do custo adicional. O sistema Interligado Nacional abrange a maior parte da geração e distribuição de energia elétrica no Brasil, abrangendo a maioria dos consumidores residenciais e comerciais.
A bandeira tarifária vigente foi iniciada em outubro, quando houve a substituição do patamar vermelho 2, que esteve em vigor durante setembro. Conforme comunicado da Aneel, o motivo para manter o patamar 1 é a persistente baixa nos níveis de chuva e a consequente queda nos reservatórios das hidrelétricas.
Devido a essa dificuldade no abastecimento hídrico, a geração de energia depende mais frequentemente do acionamento das usinas termelétricas, que possuem custos mais elevados. Tal necessidade justifica a aplicação da bandeira vermelha patamar 1 em novembro para assegurar o fornecimento contínuo de energia.
Como funcionam as bandeiras tarifárias na conta de luz
Desde 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi estabelecido para deixar claro ao consumidor a variação dos custos na geração de energia, que antes eram refletidos somente no reajuste anual das tarifas. Essa ferramenta serve para indicar, por meio de cores, as condições do custo de produção energética:
- Bandeira verde: indica condições favoráveis, sem custo adicional na conta;
- Bandeira amarela: situação menos favorável, com acréscimo de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos;
- Bandeira vermelha patamar 1: custo maior na geração, com adicional de R$ 4,463 por 100 kWh;
- Bandeira vermelha patamar 2: condição com gastos ainda maiores, gerando cobrança extra de R$ 7,877 para cada 100 kWh.
A finalidade principal das bandeiras é fornecer aos consumidores um indicador mais imediato do custo real para gerar energia, estimulando ajustes no consumo conforme a disponibilidade de recursos, especialmente a água nos reservatórios das hidrelétricas.
Apesar das cobranças adicionais impostas pelas bandeiras, elas não constituem uma tarifa nova, mas sim um mecanismo que antecipa os efeitos da escassez de recursos ou do uso de fontes mais caras de geração, como as termelétricas.
