BEEF3, JBSS32 E MBRF3: Expectativas Para O Balanço Trimestral Dos Frigoríficos

BEEF3, JBSS32 E MBRF3: Expectativas Para O Balanço Trimestral Dos Frigoríficos

BEEF3, JBSS32 e MBRF3: Expectativas para o balanço do terceiro trimestre de 2025 dos frigoríficos

O terceiro trimestre de 2025 (3T25) promete apresentar uma melhora gradual nos resultados do setor de frigoríficos. Enquanto a Minerva divulgará seus números na quinta-feira, 5 de novembro, as empresas MBRF e JBS têm seus relatórios previstos para o dia 13 de novembro.

De acordo com análises do Bank of America (BofA), as margens no segmento de carne bovina continuarão pressionadas nos Estados Unidos, ao passo que se mantêm firmes no Brasil. Para o setor de aves, a expectativa é de redução nas margens tanto no mercado brasileiro quanto no norte-americano.

No Brasil, a resistência das margens pode ser atribuída ao aumento dos preços nas exportações, mesmo diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Já no caso do frango, resultados mais fracos devem refletir o pior mix das exportações e a redução dos preços internacionais.

O BTG Pactual destaca que o 3T25 possivelmente marca o fim da fase de crescimento dos lucros que vinha sustentando o setor nos últimos trimestres. O banco mantém recomendação de compra apenas para as ações da JBS (código JBSS32), com preço-alvo de R$ 110 para as BDRs. Segundo os analistas Thiago Duarte e Guilherme Guttila, a oferta maior de frango nos EUA e a queda de 45% nos preços médios desde maio evidenciam a volatilidade típica do mercado de aves.

No Bank of America, as analistas Isabella Simonato e Julia Zaniolo também recomendam a compra apenas dos papéis da JBS, com preço-alvo de US$ 20 para as ações negociadas na bolsa de Nova York (Nyse). Embora tenha havido uma queda de 12% nas ações em outubro — até o dia 27 —, as preocupações relativas às margens nos EUA e um resultado trimestral mais robusto podem servir como catalisadores positivos. Para MBRF (com preço-alvo em R$ 26) e Minerva (R$ 7,40), o banco mantém uma posição neutra.

Detalhes das previsões para o 3T25 dos frigoríficos

Minerva

O Bank of America espera um desempenho operacional sólido para a Minerva Foods (BEEF3) no terceiro trimestre de 2025, impulsionado principalmente pela completa implementação das operações adquiridas da Marfrig. Apesar das tarifas norte-americanas sobre a carne bovina brasileira, o aumento contínuo dos preços de exportação tem favorecido a ampliação das margens.

As estimativas apontam para uma receita líquida de R$ 14,4 bilhões e um Ebitda de R$ 1,4 bilhão, representando um crescimento de 7,5% em relação ao trimestre anterior, com margem projetada em 9,7%. A dívida líquida deve apresentar uma redução, passando de R$ 14,2 bilhões para R$ 12,9 bilhões neste período.

Por sua vez, a XP Investimentos projeta um lucro líquido de R$ 239 milhões para o trimestre, o que representa um avanço de 154% sobre o 3T24, ainda que levemente abaixo do consenso do mercado, estimado em R$ 260 milhões. A corretora mantém recomendação de compra com preço-alvo fixado em R$ 7,90.

JBS

O Bank of America prevê uma recuperação nos resultados da JBS em comparação com o segundo trimestre de 2025, que foi considerado mais fraco. A receita deve apresentar crescimento de 12% na base anual, sustentada por preços maiores das proteínas e ampliação dos volumes operados.

Nos Estados Unidos, o BTG destaca o desempenho positivo da Pilgrim’s Pride Corporation (PPC), subsidiária da JBS, o que deve contribuir favoravelmente para os resultados consolidados. Incorporando os números da PPC, a projeção de Ebitda atinge R$ 10,1 bilhões para o trimestre.

MBRF

A XP Investimentos avalia que o 3T25, primeiro balanço após a fusão da MBRF, evidenciará a força da diversificação do portfólio, tanto em relação às proteínas quanto às regiões de atuação.

Os analistas ressaltam que a América do Sul deve apresentar crescimento beneficiado pela integração das operações no Uruguai, com margens ainda próximas de dois dígitos baixos.

A previsão consolidada da XP aponta para uma receita líquida de R$ 42,6 bilhões, que representa um aumento de 13% em relação ao 3T24 e de 12% sobre o 2T25. O Ebitda ajustado está previsto em R$ 3,4 bilhões, o que indica uma queda de 12% na comparação anual, mas alta de 10% em relação ao trimestre anterior.

O Bank of America traz projeções similares, apontando para um Ebitda de R$ 3,3 bilhões e receita líquida em torno de R$ 40 bilhões.

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