Citi mantém recomendação de compra para Vale (VALE3) e projeta Ebitda de quase US$ 4,7 bilhões no quarto trimestre
O banco americano Citi reafirmou a recomendação de compra das ações da Vale (VALE3), mantendo o preço-alvo estimado em US$ 14 por ação, com base no desempenho operacional consistente apresentado pela mineradora no terceiro trimestre. Para o último trimestre de 2025, o Citi reajustou a projeção do Ebitda ajustado da Vale, elevando a expectativa de US$ 4,1 bilhões para cerca de US$ 4,7 bilhões. Esse aumento é sustentado por preços firmes do minério de ferro e um volume robusto de embarques, levando em conta um preço médio do minério de US$ 102,5 por tonelada, número que pressupõe uma leve queda em relação à média de outubro, que foi de US$ 106 por tonelada.
Os analistas Gabriel Barra e Alexandre Hacking destacaram que a Vale tem apresentado operações significativamente mais confiáveis nos últimos anos, e que 2026 pode representar um marco importante para a empresa, já que será o primeiro ano em que ela pretende expandir sua produção mineral após um período de estagnação.
“Mantemos nossa recomendação de Compra, visto que o preço do minério de ferro está sendo calculado pela Vale em torno de US$ 90 por tonelada, abrindo espaço para uma valorização relevante caso o projeto Simandou se revele menos impactante do que o previsto.”
Para o ano de 2026, o Citi continua prevendo um Ebitda de aproximadamente US$ 15,8 bilhões, baseando-se em um preço do minério de US$ 90 por tonelada e uma produção estimada de 350 milhões de toneladas, valor que está no centro da faixa estipulada pela própria mineradora, entre 340 e 360 milhões de toneladas.
Durante uma teleconferência com investidores, a administração da Vale confirmou a expectativa de distribuir dividendos extraordinários em 2026, desde que os preços do minério permaneçam elevados ao longo do ano.
Nas projeções do Citi, as ações da Vale (VALE3) devem apresentar um rendimento de fluxo de caixa livre de cerca de 7% até 2026, podendo chegar a 11% se forem excluídos desembolsos pontuais e não recorrentes.



