Brasil ainda aguarda resposta dos EUA sobre acordo comercial, afirma Alckmin
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil, Geraldo Alckmin, comemorou nesta sexta-feira, 21 de novembro de 2025, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de eliminar tarifas de 40% aplicadas sobre determinados produtos brasileiros.
No entanto, Alckmin ressaltou que ainda permanece uma tarifa de 50% sobre 22% das exportações brasileiras para os EUA, indicando que o processo de negociação ainda está em andamento.
Redução das tarifas sobre produtos brasileiros
Durante entrevista coletiva realizada no Palácio do Planalto, Alckmin destacou que houve um avanço significativo com a retirada do chamado “tarifaço” para 238 produtos brasileiros. Ele explicou que anteriormente 36% das exportações brasileiras para os Estados Unidos estavam sujeitas à tarifa adicional de 50%, e que esse número foi reduzido para 22%.
O ministro afirmou que o governo brasileiro ainda espera uma resposta concreta da administração americana para finalizar o acordo comercial entre os dois países.
Ele também comentou que na justificativa apresentada por Donald Trump para a revogação das tarifas, há a menção ao diálogo existente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O trabalho continua com avanços, mas algumas mercadorias, especialmente alimentos como peixe, mel e uva, além de produtos industriais, seguem com tarifas elevadas.
Contexto e impacto da decisão dos EUA
Donald Trump decidiu retirar a tarifa de 40% sobre uma lista de 238 produtos brasileiros, com ênfase nos itens agrícolas, incluindo café, carne bovina, tomate, banana, açaí, bambu, castanha de caju, manga, mandioca, goiaba e diferentes tipos de chá como verde, preto e mate. Destacam-se o café e a carne bovina, que são importantes commodities exportadas ao mercado americano.
Esta medida representa um passo importante nos esforços do Brasil para amenizar o impacto das elevadas tarifas que afetam suas exportações para os Estados Unidos, tarifas essas que podem chegar a 50%.
Na ordem executiva que determinou as isenções, Trump relacionou a decisão às negociações iniciadas após o encontro entre os presidentes americano e brasileiro, ocorrido na Malásia em outubro de 2025.
Conforme a publicação oficial da Casa Branca, as negociações entre Trump e Lula permanecem em curso, e a revogação das tarifas sobre os produtos selecionados passou a valer para mercadorias importadas para consumo a partir de 13 de novembro.
Essa decisão surge em meio à pressão americana para reduzir os custos dos produtos básicos nos supermercados, buscando oferecer alívio aos consumidores e, ao mesmo tempo, melhorar a percepção pública sobre a gestão econômica da administração Trump.
De acordo com a ordem executiva, a ação poderá contribuir para a diminuição nos preços do café, suco de laranja e carne bovina, beneficiando diretamente os consumidores norte-americanos que enfrentam o aumento dos custos nos alimentos essenciais.



