Ibovespa B3 recua 0,39% e fecha aos 154.770,10 pontos sob influência de mercados internacionais
O índice Ibovespa registrou uma queda de 0,39% na última sessão, encerrando o pregão aos 154.770,10 pontos. Esse movimento negativo foi principalmente impactado pelo ambiente desfavorável no exterior, que influenciou o humor dos investidores brasileiros.
Panorama do pregão e fatores externos
Após o feriado do Dia da Consciência Negra, quando o mercado local esteve fechado, o retorno das negociações apresentou volatilidade, com o Ibovespa oscilando entre 155.387,04 pontos no pico e 153.570,94 pontos no vale do dia. O volume financeiro alcançou R$ 24,6 bilhões.
A pressão no índice brasileiro refletiu o mau humor dos mercados internacionais, desencadeado por preocupações sobre uma possível bolha especulativa envolvendo ações de companhias ligadas à inteligência artificial, além das incertezas sobre a política monetária nos Estados Unidos, especialmente quanto ao potencial corte das taxas de juros.
Apesar da notícia positiva sobre a remoção de tarifas de importação de 40% sobre alguns produtos brasileiros vendidos para os EUA, o efeito foi insuficiente para impulsionar o Ibovespa para um fechamento positivo. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou que cerca de dois terços das exportações brasileiras para o país norte-americano ainda continuam sujeitas a altos impostos.
Desempenho do dólar e bolsas internacionais
O dólar seguiu o mesmo viés de aversão ao risco dos mercados acionários, acelerando sua valorização em 1,18%, fechando cotado a R$ 5,4015. Nos Estados Unidos, os índices acionários conseguiram uma recuperação parcial após perdas consideráveis registradas na véspera. O índice S&P 500 subiu 0,98%, o Dow Jones avançou 1,08% e o Nasdaq teve alta de 0,88%, ainda assim acumulando quedas expressivas na semana: 1,94%, 1,91% e 2,74%, respectivamente.
Os investidores reagiram às declarações de membros do Federal Reserve, que modificaram a percepção do mercado em relação à possibilidade de uma redução dos juros na próxima reunião regulatória em dezembro. Mesmo com essa mudança, os índices americanos não conseguiram reverter o desempenho negativo da semana.
