Ibovespa fecha em alta de 0,41%, impulsionado por valorização da Vale; dólar recua para R$ 5,37

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, voltou a se aproximar da marca dos 156 mil pontos ao registrar alta de 0,41% nesta terça-feira (25), atingindo 155.910,18 pontos. O desempenho positivo foi sustentado principalmente pelas ações da Vale (VALE3) e pelo clima otimista nos mercados internacionais.

Ao longo do dia, os investidores brasileiros acompanharam atentamente as discussões no Senado sobre uma possível votação da chamada ‘pauta-bomba’, um projeto que regulamenta aposentadorias especiais para agentes comunitários de saúde e de combate às endemias, o que agravaria o gasto público. O Ministério da Fazenda está empenhado em evitar a aprovação dessa proposta.

No âmbito internacional, após um período de 42 dias de paralisação do governo americano, foram divulgados dados econômicos com resultados contraditórios. O Índice de Preços ao Produtor apresentou alta de 0,3% em setembro, revertendo a queda de 0,1% registrada em agosto. Por outro lado, as vendas no varejo ficaram abaixo do esperado, aumentando apenas 0,2%, abaixo da previsão de 0,4% do mercado.

Segundo Sara Paixão, analista de macroeconomia da InvestSmart XP, embora esses números se refiram a setembro e possam não refletir totalmente a atual dinâmica econômica, eles são fundamentais para avaliar o impacto das tarifas de importação e influenciam a decisão do Federal Open Market Committee (FOMC) em relação à trajetória dos juros.

Mesmo com resultados mistos, a perspectiva de desaceleração nos EUA pesou sobre as expectativas, elevando a probabilidade de corte de juros pelo Fed na próxima reunião de dezembro de 77% para 80%.

Desempenho do Ibovespa e destaques do dia

Durante o pregão, o índice oscilou entre 156.373,21 pontos no pico e 154.821,35 pontos na mínima, com volume financeiro negociado de R$ 20,5 bilhões.

Entre as maiores valorizações do dia, destacaram-se:

  • USIM5 com alta de 6,43%, fechando a R$ 5,46;
  • MGLU3 valorizada em 3,64%, cotada a R$ 10,26;
  • VIVA3 avançando 3,30%, encerrando a R$ 33,79;
  • VAMO3 subindo 2,84%, atingindo R$ 3,62;
  • NATU3 com ganho de 2,68%, a R$ 7,67.

Por outro lado, as maiores quedas ficaram com:

  • BRKM5 recuando 3,72%, a R$ 7,76;
  • MBRF3 em queda de 3,27%, cotada a R$ 20,12;
  • PRIO3 caindo 2,65%, negociada a R$ 37,52;
  • RECV3 com baixa de 2,60%, fechando a R$ 10,48;
  • POMO4 desvalorizada em 1,89%, a R$ 6,40.

Queda do dólar impulsionada por menor aversão ao risco e alta do minério

Pelo segundo dia consecutivo, o dólar teve desvalorização frente ao real, influenciado pela redução da cautela no mercado internacional e pelo avanço nas cotações do minério de ferro. O dólar comercial encerrou a sessão com recuo de 0,35%, sendo cotado a R$ 5,37.

Mercados americanos sobem apoiados pela expectativa de corte de juros

Nas bolsas de Nova York, a melhora nas previsões de redução de juros nos EUA favoreceu os ganhos dos principais índices, especialmente no final do dia. O S&P 500 subiu 0,91%, o Nasdaq avançou 0,67%, e o Dow Jones registrou valorização expressiva de 1,43%.

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