Haddad Entrega a Lula Plano Estratégico Contra Tarifas Americanas
O plano contra tarifas dos EUA elaborado pelo ministro Fernando Haddad será apresentado hoje ao presidente Lula, com o objetivo de minimizar os efeitos negativos do tarifaço norte-americano sobre produtos brasileiros.
Este plano detalhado inclui a concessão de crédito para as empresas mais afetadas pela medida dos Estados Unidos e prevê o aumento das compras governamentais para apoiar os setores impactados.
Medida Provisória Pronta para Envio
O Ministério da Fazenda encaminhará nesta quarta-feira (6) ao Palácio do Planalto o texto da medida provisória que contém as ações do governo federal em resposta ao tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, incidindo sobre produtos brasileiros.
Haddad destacou que a prioridade são os pequenos produtores que têm poucas opções para exportar para o mercado norte-americano. Segundo ele, o plano já está finalizado e deverá entrar em vigor rapidamente, provavelmente por meio de uma medida provisória que permitirá ação imediata.
Foco na Soberania Nacional
O ministro reforçou que as medidas visam garantir a soberania do Brasil e a aplicação da legislação brasileira, repudiando tentativas do governo dos Estados Unidos de interferência no Judiciário nacional.
Além disso, Haddad ressaltou a importância de uma união nacional envolvendo empresários e governadores, especialmente aqueles da oposição, já que todos os estados são afetados pelos impactos das tarifas.
Ele fez um apelo para que governadores defendam os interesses de seus estados e cobrou dos empresários que incentivem a cessação das ações políticas internas em Washington que prejudicam os interesses nacionais.
Encontro Confirmado com Secretário do Tesouro dos EUA
Foi anunciada a reunião com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, marcada para a próxima quarta-feira, dia 13. Caso a conversa ocorra de forma produtiva, poderá evoluir para encontros presenciais para fortalecer o entendimento bilateral.
Brasil e Bloco Econômico Sul-Americano
Haddad ressaltou que a taxação inicialmente prevista de 10% para os países da América do Sul não seria adequada, pois as relações comerciais desses países com os EUA apresentam déficit.
Ele enfatizou que o Brasil faz parte de um bloco econômico regional, que inclui Paraguai, Uruguai, Argentina e Bolívia, e que eles devem ser tratados de forma conjunta, de maneira semelhante alla União Europeia.
*Agência Brasil
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