Ibovespa B3 recua 0,79% diante da aversão global a risco; dólar fecha a R$ 5,52
Na quarta-feira (17), o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou o pregão registrando queda de 0,79%, aos 157.327,26 pontos, em meio a um cenário global marcado pela cautela dos investidores. Esta movimentação negativa acompanha uma tendência de aversão ao risco em mercados internacionais, impulsionada por tensões geopolíticas e esperas por dados econômicos relevantes.
Durante o dia, o Ibovespa oscilou entre a máxima de 158.610,62 pontos e a mínima de 156.350,81 pontos, com volume financeiro negociado na B3 atingindo R$ 33,1 bilhões.
Cenário global e fatores que influenciaram o mercado
A elevação do temor envolvendo riscos globais foi o principal fator para o mau humor dos mercados acionários. A situação política na Venezuela, intensificada pelo cerco dos Estados Unidos ao país, despertou apreensão entre os investidores.
Nos Estados Unidos, a atenção está voltada para a expectativa da divulgação dos índices de inflação ao consumidor referente a novembro, agendada para o dia seguinte. Além disso, as ações do setor de tecnologia nas bolsas de Nova York sofreram pressão, principalmente devido a incertezas ligadas à inteligência artificial e medidas políticas adotadas pelo presidente Trump.
Desempenho no mercado doméstico
No Brasil, embora a agenda econômica não tenha apresentado eventos de grande impacto, o noticiário político manteve-se relevante na movimentação do mercado. Entre as companhias com maior influência no Ibovespa, Vale e Petrobras conseguiram evitar perdas significativas. As ações da Petrobras, em particular, tiveram valorização apoiada pela alta nos preços do petróleo, que foi impulsionada pela tensão geopolítica na Venezuela.
Comportamento das principais bolsas americanas
As bolsas dos Estados Unidos refletiram a aversão ao risco, influenciada pelo receio em relação ao cenário tecnológico e o ambiente político nacional. Ao término da sessão, o índice Dow Jones registrou queda de 0,47%, o S&P 500 recuou 1,16% e a Nasdaq, bastante sensível ao segmento de tecnologia, teve perda de 1,81%.
Valorização do dólar frente ao real
Nos mercados cambiais, o dólar comercial apresentou alta de 0,73%, fechando o dia a R$ 5,52. Esse comportamento acompanha a busca por segurança em meio ao aumento da aversão a risco global, momento no qual o dólar tende a se fortalecer contra moedas consideradas emergentes, como o real.
