Ibovespa Hoje: Brava Lidera Ganhos Pelo Terceiro Dia Seguinte

Ibovespa Hoje: Brava Lidera Ganhos Pelo Terceiro Dia Seguinte

Ibovespa fecha em alta com Brava liderando ganhos pelo terceiro dia consecutivo; Direcional tem queda de 3,4%

O índice Ibovespa da B3 terminou o pregão desta quinta-feira (18) em valorização, acompanhando a alta das Bolsas de Nova York e o avanço nas commodities. O benchmark encerrou o dia com alta de 0,38%, alcançando 157.923,34 pontos, após oscilar entre uma máxima de 158.495,49 e uma mínima de 157.123,58 pontos. O volume financeiro negociado somou R$ 26,3 bilhões.

Os mercados globais apresentaram sinais positivos na sessão desta quinta. Nos Estados Unidos, os principais índices também fecharam em alta: o S&P 500 subiu 0,79%, a Nasdaq teve valorização de 1,38%, e o Dow Jones avançou 0,14%. Essa reação foi influenciada pelo índice de preços ao consumidor (CPI), que apresentou alta de 0,2% entre setembro e novembro, abaixo da expectativa dos analistas. Na comparação anual, o CPI avançou 2,7% em novembro, ficando abaixo da projeção de 3,1%, o que foi bem recebido pelos investidores, levando também à queda dos rendimentos nos títulos públicos americanos.

No mercado de câmbio, o dólar encerrou o dia praticamente estável, com leve alta de 0,01%, cotado a R$ 5,5237, valor mais alto para fechamento desde o início de agosto, quando alcançou R$ 5,5456.

Desempenho das principais ações

Destaque positivo no Ibovespa ficou para as ações da Brava Energia (BRAV3), que lideraram as maiores altas pelo terceiro dia consecutivo, subindo 6,16% e chegando ao preço de R$ 15,50. No acumulado do mês, as ações da empresa avançam 13,64%, embora apresentem queda de 34,1% no ano.

A Suzano (SUZB3) também teve valorização expressiva, com alta de 5,74% a R$ 52,65. Especialistas apontam que o aumento de US$ 20 por tonelada no preço da celulose para os mercados asiáticos, incluindo a China, reanimou a confiança do mercado, que anteriormente duvidava da possibilidade de repassar esse reajuste.

Além disso, a Klabin (KLBN11), outra empresa do setor de celulose, registrou alta de 2,31%, com preço final de R$ 18,59. A valorização mensal da Klabin é de 24,18%, com queda ligeira de 1,01% no acumulado do ano.

Ações com pior desempenho

Entre as maiores quedas do dia, a Direcional (DIRR3) foi a que mais desvalorizou, recuando 3,48% para R$ 13,87. Esta ação acumula perda de 17,34% no mês, apesar de ter alta expressiva de 90,26% no ano.

Também apresentaram quedas relevantes as ações da Natura (NATU3), que fecharam em baixa de 2,59% a R$ 7,53, com retração mensal de 9,17% e queda anual de 40,99%. Já as ações do Assaí (ASAI3) tiveram recuo de 2,57%, terminando o pregão a R$ 7,20, pressionadas pela alta dos juros futuros que afetam papéis mais sensíveis a ciclos econômicos. O Assaí acumula queda de 23,81% no mês, mas mantém valorização de 29,96% em 2025.

Contexto político e mercado de commodities

Uma pesquisa conduzida pela AtlasIntel/Bloomberg, realizada entre 10 e 15 de dezembro com 18.154 entrevistados em todo o Brasil, indica que, se as eleições gerais de 2026 fossem hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria todos os adversários tanto no primeiro quanto no segundo turno. A margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

Segundo o estrategista de investimentos Nicolas Gass, da GT Capital, a possível reeleição do atual presidente poderia ser percebida pelo mercado como um cenário de maior pressão inflacionária devido a um perfil fiscal mais expansionista, o que dificultaria cortes significativos nas taxas de juros e manteria taxas elevadas por um período mais longo.

No âmbito das commodities, o dia foi marcado por valorização em vários setores. O minério de ferro subiu 1,63% na Bolsa chinesa de Dalian, enquanto o petróleo tipo Brent registrou alta de 0,23%. Apesar disso, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) fecharam em queda, cédendo respectivamente 0,25% e 0,58%. Já os papéis da Vale (VALE3) tiveram leve avanço de 0,26%.

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