Ibovespa fecha em recorde histórico e registra alta superior a 6% em agosto; dólar atinge R$ 5,42
Na sexta-feira, 29 de agosto de 2025, o Ibovespa B3 novamente marcou seu maior valor histórico, concluindo o pregão em 141.422,26 pontos, uma valorização de 0,26% em relação ao fechamento anterior. O índice principal da bolsa brasileira já havia superado os 142 mil pontos no dia anterior e manteve o ritmo positivo, ultrapassando a máxima intradiária de 142.378,69 pontos durante o dia. O recorde anterior, de 141.263 pontos, foi alcançado em 4 de julho de 2025.
Esse desempenho no último pregão do mês contribuiu para um avanço mensal de 6,28% do Ibovespa. Na última semana, o índice apresentou alta de 2,5%, acumulando uma valorização anual de 17,57% até o momento.
O otimismo dos investidores segue impulsionado pelas expectativas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) possa começar a reduzir a taxa básica de juros ainda este ano, além da possibilidade de um corte nos juros nos Estados Unidos, diante da próxima reunião do Federal Reserve.
Comportamento das bolsas internacionais e dólar
No cenário externo, o dia foi de cautela, especialmente com o feriado nos Estados Unidos programado para 1º de setembro e a atenção voltada para a divulgação dos dados de inflação norte-americanos. As bolsas de Nova York encerraram o pregão com desempenhos negativos: o índice S&P 500 caiu 0,64%, o Nasdaq perdeu 1,15%, e o Dow Jones teve uma leve baixa de 0,20%. Apesar das quedas semanais, esses índices fecharam agosto com ganhos superiores a 1,5%.
Quanto ao dólar comercial, a moeda norte-americana apresentou leve valorização de 0,29%, sendo cotada a R$ 5,42 ao final do dia. Esse avanço no câmbio brasileiro contrasta com a tendência global, já que o índice DXY, que mede o dólar frente às principais moedas do mundo, registrou recuo de 0,04%, fechando a 97,77 pontos, com queda mínima acumulada na semana e recuo de 3,18% no mês.
Ibovespa hoje: variação e principais destaques
No pregão desta sexta-feira, 29 de agosto, o volume financeiro negociado no Ibovespa chegou a R$ 22,9 bilhões. O índice oscilou entre mínima de 141.049,20 pontos e máxima intradiária de 142.378,69 pontos.
As ações que tiveram as maiores valorizações do dia foram:
- RAIZ4: alta de 7,34%, cotada a R$ 1,17;
- MRFG3: valorização de 5,37%, valendo R$ 24,93;
- MGLU3: subida de 4,46%, com preço de R$ 8,19;
- PETZ3: elevação de 4,15%, negociada a R$ 4,02;
- BRFS3: progresso de 3,62%, custando R$ 20,63.
Já entre os papéis que mais caíram destacaram-se:
- RADL3: queda de 6,90%, com valor de R$ 17,55;
- PSSA3: retração de 1,99%, cotada a R$ 51,75;
- PRIO3: baixa de 1,84%, negociada a R$ 37,87;
- CPLE6: perda de 1,72%, cotada a R$ 12,02;
- NATU3: variação negativa de 1,64%, com preço de R$ 9,01.
Contexto do mercado internacional
Apesar do cenário mais contido nas bolsas americanas devido ao feriado e à espera pelos números da inflação, o Ibovespa manteve seu ritmo de alta motivado pelas perspectivas mais favoráveis para a política monetária interna e externa.
Informações gerais
O desempenho recente da bolsa combina fatores internos, como sinais de possível flexibilização das taxas de juros no Brasil, com as condições no exterior, especialmente a expectativa de que o Federal Reserve possa iniciar redução de juros em breve, influenciando positivamente a percepção dos mercados.
O volume alto de negócios na B3 confirma o interesse renovado dos investidores, refletindo o momento de confiança no ambiente financeiro brasileiro.