Lucro do BTHF11 diminui em julho; confira os dividendos pagos no mês
Em julho, o fundo imobiliário BTHF11 apresentou um lucro líquido de R$ 19,333 milhões, desempenho inferior aos R$ 21,668 milhões registrados em junho. Apesar da queda, o fundo continua mostrando um desempenho robusto, sustentado por estratégias de venda e pelo fortalecimento da sua carteira de crédito.
A receita total obtida pelo BTHF11 no mês de julho foi de R$ 20,909 milhões, composta por R$ 21,303 milhões em receitas recorrentes, descontadas despesas que somaram R$ 1,576 milhão.
O lucro por cota ficou em R$ 0,094, dos quais R$ 0,092 foram efetivamente distribuídos aos cotistas como dividendos do BTHF11. Considerando a cotação de mercado de R$ 8,27 no último pregão, o dividend yield anualizado alcança 13,35%.
No acumulado do ano de 2025, o fundo apresenta retorno total (YTD) de 14,3%, superando os 10,3% do IFIX, índice de referência do mercado. Esse resultado reflete o bom posicionamento do BTHF11 no cenário atual, mesmo com a redução no lucro líquido.
Atualização sobre a integração e estratégias de vendas do BTHF11
O relatório de julho trouxe informações sobre o andamento da incorporação do BCFF11, iniciada no ano anterior. Essa operação já possibilitou a venda de mais de R$ 300 milhões em posições de fundos imobiliários, o que ajudou a reforçar a carteira do BTHF11 e elevou os rendimentos distribuídos aos investidores.
Antes da fusão, o BCFF11 distribuía R$ 0,07 por cota, considerando um valor patrimonial por cota de R$ 9,33, o que representava um retorno anualizado de 9%. Após a incorporação, o BTHF11 passou a distribuir R$ 0,092 por cota, com cotas patrimoniais avaliadas em R$ 10,09, resultando em um retorno patrimonial de 10,9%, ou seja, um aumento de 21,5% no retorno para os cotistas.
Vendas de FIIs e foco em crédito estruturado
Durante o mês, o fundo realizou vendas de FIIs no montante aproximado de R$ 70 milhões, focando principalmente em ativos com menor liquidez. Desde o começo da incorporação, a soma dessas vendas já totaliza R$ 417 milhões em posições de fundos imobiliários.
Parte dos recursos desembolsados foi aplicada em operações de crédito estruturado, incluindo uma integralização de R$ 40 milhões em um CRI logístico, além da compra do CRI Souza Cruz, avaliado em R$ 14 milhões, cujo rendimento é atrelado ao IPCA mais 9,73% ao ano, com uma alavancagem de 22% de LTV.
A estratégia do fundo permanece voltada para créditos de alta qualidade, que oferecem spreads atraentes e sólida proteção ao capital investido. Além disso, busca-se reciclar posições de FIIs que não mais se enquadram no perfil desejado de risco-retorno.
O BTHF11 também mantém uma liquidez adequada para aproveitar novas oportunidades de investimento, enquanto se beneficia da rentabilidade do CDI, buscando equilibrar rentabilidade e segurança para os seus cotistas.
