Executivo que abandonou a estabilidade para impulsionar uma pequena empresa e aumentar seu faturamento em 2.233%
Rodrigo Rezende, natural de Brasília, buscava um negócio com grande potencial de crescimento escalável; cinco anos após essa decisão estratégica, já colhe os resultados positivos dessa escolha.
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Quando Rodrigo Rezende recebeu o convite para assumir um cargo na Chaintech, o cenário da empresa ainda era modesto, com um faturamento anual de R$ 15 milhões e atuação concentrada em Brasília, focada em apenas um fabricante. Agora, a perspectiva para 2025 é alcançar uma receita de R$ 350 milhões, um crescimento de 2.233%.
Essa decisão foi tomada estrategicamente. Ex-vice-presidente comercial da CTIS, uma das maiores integradoras de TI do país na década de 2000, Rezende rejeitou propostas para liderar empresas grandes e consolidadas. “Queria encontrar uma empresa pequena, que pudesse ser moldada, mas com capacidade para escalar”, explica.
Ele encontrou esse perfil na Chaintech, que embora pouco conhecida fora do setor de tecnologia da informação, possuía bases sólidas, um portfólio técnico em expansão e aberto a crescimento. “Desejava aplicar minha experiência de gestão em um projeto que fosse realmente meu. A Chaintech foi essa chance”, afirma.
A empresa atua integrando plataformas globais renomadas, como ServiceNow e Red Hat, com o objetivo de digitalizar os processos em grandes organizações.
Para sustentar essa expansão, a Chaintech tem investido na ampliação de sua estrutura física, reforço da diretoria e desenvolvimento de profissionais qualificados. A previsão é atingir 300 colaboradores até o final deste ano, combinando contratações externas com treinamentos internos.
“Hoje, a transformação digital não é uma tendência, é uma necessidade. Nosso papel é servir como um parceiro que impulsione o crescimento dos clientes”, ressalta Rezende, que está à frente da empresa desde 2020.
Formado em Direito, Rodrigo construiu sua carreira durante 16 anos na CTIS, chegando ao posto de vice-presidente comercial. Após a venda da CTIS para o Grupo Sonda, chegou a atuar como advogado empresarial, mas retornou ao setor de tecnologia ao aceitar o convite para integrar a Chaintech.
Desde então, a empresa ampliou seu portfólio, a base de clientes e passou a representar mais marcas globais no Brasil. O foco atual é trabalhar com ferramentas de alto valor agregado, abandonando a lógica de commodities. “Estamos focados em transformar os negócios dos clientes com eficiência, tecnologia e profundidade técnica”, comenta o CEO.
Um dos investimentos-chave foi a criação da Chain Academy, programa de formação intensa em plataformas como ServiceNow, ao qual foram destinados R$ 1,5 milhão desde 2023. Cada turma reúne de 15 a 20 profissionais para um curso técnico noturno com duração de seis meses, e aproximadamente 60% dos alunos acabam sendo contratados pela empresa.
“Nosso maior ativo são as pessoas. Quando surge uma vaga, nossa prioridade é buscar talentos internos”, destaca Rezende. Além da formação interna, a Chaintech reforçou sua liderança, elevando a quantidade de diretores de quatro para sete em 2025, estruturando divisões regionais e centralizando a gestão por área geográfica e fabricante.
Perspectivas futuras da Chaintech
A empresa também está expandindo suas instalações. Em São Paulo, o escritório dobrou de tamanho, enquanto a sede em Brasília ganhará uma nova estrutura de 800m², voltada para a gestão das operações. “Queremos estar mais próximos dos nossos clientes e fortalecer nossa presença nas regiões Sudeste e Centro-Oeste”, explica.
A Chaintech possui clientes importantes no setor público, como o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Detran-SP, Banco da Amazônia, Prodesp e Detran-DF, e agora mira o mercado privado, principalmente empresas dos setores de telecomunicações, energia, indústria e serviços financeiros.
O reconhecimento internacional foi conquistado junto à ServiceNow: a Chaintech é a única empresa brasileira com certificação Elite em duas frentes globais da plataforma americana. Essa distinção assegura que conta com equipes certificadas, entregas auditadas e projetos validados pelo fabricante. “Isso não é uma questão de exibição, mas uma garantia da qualidade que entregamos”, finaliza Rezende.
