Órgão de risco do G20 alerta sobre risco de colapso nos mercados financeiros
O Conselho de Estabilidade Financeira (FSB), órgão que monitora riscos para os países do G20, emitiu um alerta nesta segunda-feira (13) sobre a possibilidade de um colapso nos mercados globais. A recente e rápida valorização das ações e de outros ativos tem aumentado a vulnerabilidade frente ao atual contexto marcado por incertezas econômicas e geopolíticas.
Andrew Bailey, presidente do FSB, destacou em uma carta dirigida aos ministros do G20 que esse cenário de elevado risco torna indispensável a continuidade da cooperação internacional. Essa colaboração, segundo Bailey, é fundamental não só para evitar crises financeiras, mas também para fomentar um crescimento econômico sustentável.
Embora tenha havido uma recuperação significativa nos mercados financeiros em diversas regiões nos últimos meses, Bailey pondera que as avaliações de preço dos ativos podem estar desconectadas da instabilidade econômica e política mundial, o que pode levar a uma correção abrupta e desordenada.
O alerta do FSB ocorre em um momento delicado, poucos dias antes da ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas elevadas sobre a China em resposta às limitações que o país asiático tem estabelecido sobre a exportação de terras raras. Essa medida já provocou uma forte queda em Wall Street, a maior registrada em quase seis meses.
Além disso, Bailey ressaltou que o aumento dos níveis de dívida soberana mantém o sistema financeiro global sob considerável pressão, retratando um ambiente de vulnerabilidades persistentes.
Ele reforçou que a necessidade de padrões globais e de cooperação multilateral permanece evidente e essencial para a estabilidade dos mercados.
Em resposta à crescente complexidade dos riscos financeiros, o FSB pretende alterar o direcionamento de suas ações. Em vez de focar no desenvolvimento de novas políticas, o órgão vai priorizar o acompanhamento e a implementação das reformas financeiras globais que já foram acordadas, mas que ainda carecem de cumprimento completo.
Para Andrew Bailey, o sucesso dessas medidas está condicionado à sua aplicação de forma rápida, uniforme e abrangente em todas as jurisdições integrantes do G20.



