Aneel define bandeira vermelha patamar 1 para outubro e mantém cobrança extra na conta de luz
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) comunicou nesta sexta-feira, 26 de setembro de 2025, que a bandeira tarifária para o mês de outubro será vermelha no patamar 1. Isso implica que os consumidores que estiverem conectados ao Sistema Interligado Nacional terão um adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos em suas faturas de energia elétrica.
A decisão abrange todos os usuários abastecidos por essa rede que atende grande parte do território brasileiro.
Embora tenha ocorrido uma redução na tarifa em comparação a períodos anteriores, a Aneel ressaltou que as previsões indicam uma quantidade de chuvas abaixo da média histórica, o que impacta negativamente os níveis dos reservatórios dos principais reservatórios hidrelétricos do país. Em consequência disso, será necessário acionar usinas termelétricas, que possuem custo de geração mais elevado, influenciando o aumento da tarifa.
Entenda o sistema de bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi instituído em 2015 e serve para trazer maior transparência ao consumidor sobre os custos reais da geração de energia elétrica em cada período. Esse mecanismo não cria cobranças adicionais, apenas evidencia um custo que já é incorporado nas contas.
Antes da implementação das bandeiras, as variações nos custos de geração eram incorporadas apenas nos reajustes tarifários anuais, que levavam em conta a taxa básica de juros Selic.
Classificação das bandeiras e seus impactos nas tarifas
- Bandeira verde: indica condições favoráveis para a geração, sem acréscimo na tarifa;
- Bandeira amarela: representa condições menos favoráveis, com acréscimo de R$ 1,885 para cada kWh consumido;
- Bandeira vermelha patamar 1: indica geração mais cara, com taxa adicional de R$ 4,463 por kWh;
- Bandeira vermelha patamar 2: demonstra geração ainda mais custosa, com acréscimo de R$ 7,877 por kWh.
Bandeiras como indicador do custo de geração
As cores das bandeiras funcionam como termômetros que informam aos consumidores o cenário da geração elétrica mensal e o reflexo no valor a ser pago. Em períodos de escassez hídrica, como o atual, os custos tendem a subir devido à necessidade de ativar fontes complementares mais caras, principalmente as usinas termelétricas.



