A Block de Jack Dorsey será incorporada ao índice S&P 500, simbolizando o crescimento da relevância dos pagamentos digitais e ativos digitais no mercado financeiro tradicional.
A fintech, anteriormente chamada Square, substitui a Hess no índice após seu recente negócio de US$ 53 bilhões com a Chevron. A novidade já impulsionou as ações da Block, que subiram até 14% nas negociações fora do horário regular.
A inclusão será oficializada antes da abertura dos negócios na próxima quarta-feira (23), segundo comunicado da S&P Dow Jones Indices divulgado na sexta-feira (18). Essa movimentação destaca a ascensão dos serviços financeiros digitais e sua influência crescente no mercado de capitais.
A Block ampliou sua atuação de um simples processador de pagamentos para oferecer transferências peer-to-peer, soluções comerciais e, mais recentemente, empréstimos ao consumidor via sua subsidiária bancária, Square Financial Services, que recebeu aprovação para operar na área financeira americana com o Cash App Borrow.
Além disso, a empresa integra pagamentos em bitcoin em seus terminais Square, refletindo o longo apoio de Dorsey aos ativos digitais.
Dorsey permanece uma referência no universo cripto, compartilhando projetos de código aberto na plataforma X, anteriormente Twitter, vendida a Elon Musk no fim de 2022.
O plano da Block é transformar o Cash App em um produto bancário e de crédito de larga escala, apesar dos desafios relacionados à volatilidade dos resultados financeiros da empresa.
A entrada no S&P 500 é significativa, pois coloca a Block sob os holofotes, especialmente com a expansão dos fundos de índice passivos (ETFs), que influenciam fortemente o desempenho das ações incluídas no índice. Um exemplo recente é a Coinbase, cujas ações mais que dobraram em valor desde sua inclusão há dois meses.
Por outro lado, a retirada do índice pode impactar negativamente os preços das ações, já que fundos realizam vendas para se adequarem à nova composição do S&P 500.