Compras de Natal de última hora: atenção redobrada para não comprometer o orçamento
Chegar na véspera de Natal para comprar presentes de última hora é uma rotina comum para muitos brasileiros, mas essa pressa pode resultar em gastos mais altos e pagamento por parcelas ao longo do próximo ano. Especialistas orientam sobre práticas financeiras para quem deixa as compras para os minutos finais.
De acordo com uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), 27% dos brasileiros ainda estão em dúvida se vão comprar presentes neste Natal, enquanto 32% já optaram por não presentear familiares. A pesquisa também indica que apenas 3,5% planejam antecipar as compras para antes de dezembro, e 16% deixam para comprar durante a semana que antecede o feriado.
Planejamento é essencial para não comprometer as finanças
André Charone, contador e educador financeiro, destaca que os consumidores que adiam as compras devem evitar despesas excessivas, pois a falta de organização financeira pode se refletir em dificuldades para arcar com pagamentos importantes no início do ano, como IPVA, IPTU e material escolar.
Antes de sair às compras, Charone aconselha estipular um limite total compatível com o orçamento disponível e definir, dentro desse valor, quanto será destinado aos presentes. Pesquisas apontam que quase metade dos consumidores entrevistados pela FGV pretende gastar entre R$ 51 e R$ 300 em presentes.
Para quem possui dívidas ou compromissos financeiros próximos, a recomendação é que os gastos com presentes estejam dentro de 10% da renda mensal, alertando para a importância do controle financeiro.
Além disso, a prática de participar de amigo-secreto ou amigo da onça é valorizada, pois limites de preço ajudam a evitar excessos. Compras coletivas podem aliviar o custo individual e facilitar o cumprimento do orçamento.
Cuidados para não prejudicar o orçamento neste Natal
Especialistas indicam que compras feitas na última hora frequentemente geram decisões precipitadas, principalmente no momento do pagamento. O consenso é para evitar novos parcelamentos no cartão de crédito, pois a taxa média de juros pode alcançar até 800% ao ano caso o cliente entre no rotativo ao pagar apenas o valor mínimo da fatura.
Thaíne Clemente, gerente de crédito da fintech Simplic, alerta que parcelar as compras sem controle pode gerar um efeito cascata, complicando ainda mais as finanças pessoais. Ela reforça a importância de não utilizar cheque especial ou crédito rotativo do cartão e prefere pagamentos à vista sempre que possível.
Para Charone, o parcelamento só é indicado para quem mantém rigor financeiro, já que parcelas acumuladas podem travar o orçamento nos primeiros meses do ano.
Outro ponto crucial é a atenção às promoções relâmpago típicas desta época. Diante da pressa, muitos consumidores se tornam vulneráveis a falsas ofertas. Comparar preços, checar a reputação dos estabelecimentos e desconfiar de descontos muito abaixo do mercado são atitudes fundamentais.
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Melhores decisões para investir e organizar as finanças no fim do ano
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