Crash De Criptomoedas Registra Perda Bilionária De US$ 1 Trilhão

Crash De Criptomoedas Registra Perda Bilionária De US$ 1 Trilhão

Mercado de criptomoedas sofre nova queda e acumula perdas de US$ 1 trilhão desde o auge

O Bitcoin registrou uma queda significativa ao alcançar cerca de US$ 88.000 na quarta-feira (19), valor aproximadamente 30% inferior ao recorde registrado no início de outubro. Esse movimento reforça a tendência de baixa que afeta o mercado, diante da ausência de novos fatores impulsionadores. A capitalização total das criptomoedas recuou para aproximadamente US$ 3,2 trilhões.

Investidores buscam novos gatilhos para retomada da valorização dos criptoativos após mais de um mês de baixas

O crash que o mercado cripto enfrenta desde o começo de outubro intensificou-se com a derrocada do Bitcoin para seu menor valor dos últimos sete meses, ampliando a perda acumulada neste segmento para mais de US$ 1 trilhão.

Na tarde de quarta, durante as negociações em Nova York, o Bitcoin caiu para cerca de US$ 88.522, pressionando tanto investidores de varejo quanto grandes fundos de tesouraria de ativos digitais, cujos prêmios de ações tiveram forte retração.

No início de outubro, a criptomoeda atingiu o máximo histórico de mais de US$ 124.000. Atualmente, os níveis psicológicos que preocupam o mercado estão próximos de US$ 85.000 e US$ 80.000, com o ponto mais baixo do ano registrado recentemente em US$ 77.424, durante a turbulência provocada pelas tarifas de Donald Trump em abril.

A capitalização total do mercado em criptomoedas chegou aos US$ 4,3 trilhões em 6 de outubro, tendo recuado para perto dos US$ 3,2 trilhões atualmente.

Apesar da queda expressiva, grande parte das perdas está em valor estimado, sem que haja necessariamente saques reais por parte dos investidores.

Mercado de criptoativos perde US$ 1 trilhão desde o pico no começo de outubro

Uma série de liquidações forçadas em 10 de outubro, quando mais de US$ 19 bilhões em posições alavancadas foram encerradas, expôs a vulnerabilidade do mercado. Esse episódio desencadeou uma reação em cadeia, como chamadas de margem e saídas negociadas em bolsa, além de enfraquecer o interesse de novos compradores.

James Butterfill, chefe de pesquisa da CoinShares, comentou que os investidores estão “apostando às cegas”, já que não possuem diretrizes claras sobre o cenário macroeconômico e observam com preocupação as ações das chamadas “baleias” — termo para grandes detentores de criptomoedas capazes de influenciar os preços no mercado.

A valorização do Bitcoin que ultrapassou os US$ 126.000 no início do ano baseou-se em duas frentes principais: expectativas de múltiplos cortes nas taxas de juros conduzidos pelo Federal Reserve e a adoção crescente por instituições, apoiada pelo governo Trump. Ambas essas narrativas estagnaram, levando os investidores que buscavam ganhos rápidos a se retirarem do mercado.

Essa queda tem afetado severamente as companhias que gerenciam tesouraria com ativos digitais, cujos valores de mercado foram construídos sobre os níveis anteriores de alta.

Além disso, o Ether, segunda maior criptomoeda, também segue em baixa, desvalorizando-se novamente abaixo dos US$ 3.000. O Ether, que superou o Bitcoin na primeira metade do ano e chegou próximo de US$ 5.000 em agosto, agora perdeu esses ganhos.

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