STF aprova decisão e cria cenário mais favorável para operadoras de saúde, segundo Itaú BBA e Santander
A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) foi considerada positiva por analistas de instituições financeiras importantes, que enxergam efeitos benéficos para o setor de saúde.
O Itaú BBA avaliou que a imposição de condições adicionais para que tratamentos fora da lista padrão da ANS sejam obrigatoriamente cobertos pode contribuir para a diminuição da judicialização contra planos de saúde. Em relatório, os analistas Vinicius Figueiredo, Lucca Generali Marquezin e Felipe Amancio ressaltam que essa medida aprimora o ambiente regulatório e pode beneficiar companhias como Hapvida e Rede D’Or.
Na mesma linha de análise, o Santander enxerga na decisão do STF uma chance de otimização operacional. Para os analistas Caio Moscardini e Eyzo Lima, a definição de critérios claros para a cobertura de procedimentos adicionais pode gerar redução de custos para as operadoras, com destaque para a Hapvida. Eles afirmam que isso deve resultar em uma queda no número de processos judiciais no setor.
Na decisão tomada ontem, o STF concluiu que o rol de procedimentos da ANS é exemplificativo, e não taxativo, mas estabeleceu que o acesso a tratamentos que não estão na lista só deve ser garantido se cumprir cinco requisitos definidos pelos ministros.
O Santander mantém avaliação outperform (indicando recomendação de compra) para as ações da Hapvida (HAPV3), com preço-alvo projetado em R$ 59,50, frente ao valor atual das ações, que está em R$ 38,80.



