Goiás Potencializa Inovação Incentivando o Agro em Rio Verde

Goiás Potencializa Inovação Incentivando o Agro em Rio Verde

Goiás busca se tornar um centro de inovação investindo na capital do agronegócio

O estado de Goiás pretende se consolidar como um importante polo de inovação tecnológica no Brasil, direcionando esforços para sua principal cidade produtora do setor agropecuário. Com um montante que ultrapassa R$ 30 milhões já aportados, a iniciativa quer fomentar o desenvolvimento de tecnologias que beneficiem o crescimento local.

Foi inaugurado em 30 de outubro de 2025 o Hub Goiás Rio Verde, novo espaço físico destinado à inovação, seguindo o modelo já implementado em Goiânia. Esse ambiente conecta empreendedores, instituições acadêmicas e investidores em prol do estímulo à geração de novas soluções tecnológicas.

A ação é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado de Goiás, a Prefeitura de Rio Verde e o Porto Digital, hub de inovação sediado em Recife, que também administra o programa Epicentro da Inteligência Artificial em Goiás, voltado para a aceleração de startups.

Por que Rio Verde?

Segundo José Frederico Lyra Netto, secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, a intenção é estender o alcance da inovação além da capital Goiânia. O Hub Goiás já auxiliou mais de 170 startups nos últimos dois anos e agora visa ampliar essa experiência em Rio Verde, reconhecida como um dos maiores centros do agronegócio em Goiás.

Rio Verde lidera o estado no Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário, produzindo anualmente mais de 2 milhões de toneladas de milho, segundo dados nacionais. Além disso, a cidade destaca-se na produção de soja, com mais de 1 milhão de toneladas registradas em 2019 pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico local.

O contexto dos hubs de inovação no Brasil

Pierre Lucena, CEO do Porto Digital, ressalta a importância das estruturas de inovação para fortalecer o ecossistema de startups brasileiras. O Porto Digital, situado no centro histórico do Recife, abriga 475 empresas que juntas geraram um faturamento de R$ 6,2 bilhões até 2024 e mais de 20 mil empregos.

De acordo com Lucena, os hubs representam mais do que apenas espaços físicos; eles funcionam como catalisadores, aproximando empreendedores, investidores e pesquisadores para criar um ambiente favorável ao crescimento tecnológico.

O Brasil já conta com centros reconhecidos, tais como Florianópolis, conhecido como “Vale do Silício brasileiro” e oficializado como Capital Nacional das Startups, com uma taxa de 7,4 negócios tecnológicos por cada mil habitantes, superando grandes metrópoles como São Paulo e Curitiba. Belo Horizonte também abriga o San Pedro Valley, um polo com mais de 300 empresas, além de diversos outros centros pelo país.

Assim, Goiás entra na competição como um novo protagonista no cenário tecnológico brasileiro, destacando-se ainda pelo vínculo com a inteligência artificial incluída já no nome da sua iniciativa.

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