Homem mais rico do mundo sofre perda de R$ 26,5 bilhões em um único dia
Elon Musk, CEO da Tesla, viu seu patrimônio encolher em aproximadamente US$ 5 bilhões devido à queda das ações da montadora de veículos elétricos. Essa perda equivale a cerca de 1,06% do valor total da sua fortuna estimada atualmente em US$ 462,8 bilhões (cerca de R$ 2,6 trilhões), conforme dados em tempo real da Forbes.
Na manhã de 21 de novembro de 2025, os papéis da Tesla apresentavam uma queda de 0,26% no pré-mercado, após registrarem uma baixa de 2,17% no dia anterior.
Comparações históricas sobre riqueza e influência econômica
Embora Musk detenha atualmente a maior fortuna nominal registrada, a avaliação de riqueza ao longo da história costuma considerar também a proporção que esse valor representava em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) da época.
Por exemplo, John D. Rockefeller controlava entre 1,5% e 1,6% da economia dos EUA em 1913, índice próximo da parcela estimada para Musk em 2025, que estaria em torno de 1,61% do PIB norte-americano.
Na Europa do século XVI, o banqueiro Jakob Fugger detinha aproximadamente 2% do PIB regional, o que em valores atuais corresponderia a cerca de US$ 400 bilhões.
Já figuras históricas como o imperador do Mali, Mansa Musa, embora frequentemente apontados como os mais ricos de todos os tempos, possuem riqueza de difícil quantificação, pois, por exemplo, sua distribuição maciça de ouro durante uma peregrinação causou desvalorizações prolongadas do metal precioso.
O imperador romano Augusto César, por sua vez, controlava direta ou indiretamente até 30% da economia mundial de sua era, o que poderia equivaler a cerca de US$ 4,9 trilhões atuais, porém tais estimativas envolvem considerável especulação.
Diferenças entre riqueza nominal e poder econômico contextual
Em termos estritamente monetários, Elon Musk lidera com folga, superando os picos de riqueza já atingidos por Jeff Bezos, Mark Zuckerberg e Bernard Arnault.
Rockefeller, considerado um dos maiores magnatas da era industrial, possuía em 1913 um patrimônio avaliado em US$ 900 milhões, montante que ajustado para os dias atuais equivaleria a algo entre US$ 26 e US$ 29 bilhões, significativamente inferior à fortuna de Musk.
Uma distinção importante está na composição da riqueza: Musk concentra seu patrimônio majoritariamente em ações de empresas de tecnologia, enquanto magnatas históricos como Rockefeller e Fugger tinham suas fortunas ligadas a ativos tangíveis, como petróleo e metais preciosos.
O barão de Mauá e sua influência no Brasil do século XIX
No contexto brasileiro, Irineu Evangelista de Sousa, conhecido como barão de Mauá, foi reconhecido como o homem mais abastado do país no século XIX. Seu império englobava oito das dez maiores empresas nacionais, bancos, ferrovias, estaleiros e companhias de navegação, além de investimentos no exterior.
Estima-se que sua fortuna atualizada corresponderia a cerca de US$ 80 bilhões, cifra relevante, porém ainda distantes dos quase US$ 500 bilhões de Musk.
A principal diferença reside na escala econômica e nos setores de atuação. Enquanto Mauá dominava uma economia baseada na agricultura e indústria incipiente, Musk lidera em segmentos tecnológicos avançados, num dos maiores mercados globais.
Fortalezas do século XIX, como as de Mauá, eram fundamentadas em ativos físicos como terras e infraestrutura, enquanto a riqueza de Musk está atrelada a ações negociadas em bolsas e sujeitas à volatilidade do mercado financeiro.
A trajetória de Mauá também foi marcada por resistência política e crise econômica, culminando com a redução significativa de seu patrimônio ao final da vida.



