Ibovespa B3 Alcança Novos Recordes Com Alta De 0,41%

Ibovespa B3 Alcança Novos Recordes Com Alta De 0,41%

Ibovespa registra alta de 0,41% e alcança novos patamares; dólar recua para R$ 5,31

Na última quarta-feira, 3 de dezembro de 2025, o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, marcou novas máximas históricas. O índice subiu 0,41%, finalizando o pregão aos 161.755,18 pontos, alcançando o maior fechamento da sua história e registrando também sua máxima intradiária em 161.963,49 pontos. Durante o dia, o Ibovespa oscilou entre essa máxima e uma mínima de 161.092,81 pontos, movimentando cerca de R$ 25,9 bilhões no volume negociado na B3.

Esse movimento positivo no mercado acionário vem sendo impulsionado principalmente pela expectativa de redução das taxas de juros. Enquanto nos Estados Unidos projeta-se quase que com certeza (aproximadamente 90%, segundo o Fed Watch) um novo corte promovido pelo Federal Reserve, no Brasil o cenário também começa a sinalizar melhora no humor dos investidores.

Segundo Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, “há uma desaceleração consecutiva da inflação, favorecendo uma antecipação no corte da taxa básica de juros por aqui”. A percepção do mercado é de que, diante da baixa da inflação e do desaquecimento econômico, a Selic possa ser reduzida antes do previsto originalmente.

Além disso, Correia destaca que o elevado pagamento de dividendos pelas companhias brasileiras tem impulsionado as ações localmente, com as empresas apresentando o maior nível de recompra de papéis, o que contribui para essa valorização dos ativos.

No exterior, o otimismo também se ampliou, especialmente diante da perspectiva da queda da taxa de juros nos EUA e de uma visão mais favorável para o setor de tecnologia, o que ajudou a robustecer os índices de Nova York — fator que refletiu positivamente no Ibovespa.

Desempenho do Ibovespa

Durante o pregão, o Ibovespa variou entre a máxima histórica de 161.963,49 pontos e a menor pontuação do dia de 161.092,81 pontos, consolidando a alta de 0,41% no fechamento com volume financeiro superior a R$ 25 bilhões.

Comportamento do dólar

No mercado cambial, o dólar comercial registrou queda de 0,33%, cotado a R$ 5,31, refletindo o maior apetite ao risco diante da iminente redução dos juros. Essa valorização do real perante a moeda americana ocorre em um contexto de dados econômicos mais fracos nos Estados Unidos, como a perda de 32 mil vagas no setor privado, contrariando a estimativa de geração de 40 mil empregos.

Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, explicou que “a deterioração do mercado de trabalho americano reforça uma postura mais dovish (tolerante) por parte do Fed, o que diminui o interesse nos Treasuries e favorece moedas com maior carry trade, como o real brasileiro”. Essa combinação de dólar mais fraco globalmente e indicadores econômicos menos robustos nos EUA sustentou a queda do câmbio em relação ao real.

Bolsa de Nova York fecha em alta impulsionada por IA

A nova onda de otimismo macroeconômico, associada a perspectivas positivas para empresas ligadas à inteligência artificial, favoreceu a recuperação dos principais índices americanos, que reverteram perdas iniciais para fechar em alta. O Dow Jones Industrial teve ganho de 0,86%, o S&P 500 avançou 0,30%, e o índice tecnológico Nasdaq subiu 0,17% na sessão.

Fonte

Rolar para cima