Ibovespa recua 0,21% em meio a tensões geopolíticas; dólar avança a R$ 5,58
O Ibovespa iniciou a semana em queda, pressionado pela cautela dos investidores diante de conflitos geopolíticos nas regiões da Venezuela, Ucrânia e Rússia. Nesta segunda-feira (22), o índice encerrou em 158.141,65 pontos, recuando 0,21%. O volume negociado na B3 atingiu R$ 24,9 bilhões, com variação intradia entre 157.306,76 pontos (mínima) e 158.633,98 pontos (máxima).
O clima de aversão ao risco afetou especialmente ativos de mercados emergentes, refletindo a incerteza global. No entanto, empresas do setor petrolífero, como Petrobras e PRIO, tiveram desempenho positivo, impulsionadas pela alta no preço do petróleo no mercado internacional, beneficiando-se diretamente das tensões geopolíticas.
No âmbito nacional, o processo eleitoral de 2026 permanece como foco dos investidores. Conforme destacado por Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, apesar da maior estabilidade recente, o mercado ainda observa com atenção os possíveis candidatos e seus potenciais impactos para os próximos quatro anos, pois isso será determinante para o cenário econômico e político.
Comportamento do dólar e outros ativos
Devido à elevada aversão ao risco, o dólar comercial apresentou uma valorização significativa, subindo 1% para R$ 5,58 no fechamento do pregão. Ativos considerados refúgio, como ouro e prata, também registraram recordes históricos de preço. A estrategista-chefe da Nomad destaca que esse movimento foi intensificado pelas novas tensões internacionais e pela forte demanda por commodities como o petróleo.
Bolsa americana fecha em alta
Enquanto o Ibovespa apresentou queda, as bolsas dos Estados Unidos tiveram um desempenho positivo nesta segunda-feira. O Dow Jones avançou 0,46%, o índice S&P 500 subiu 0,64% e o Nasdaq teve alta de 0,52%. Segundo Paula Zogbi, estrategista da Nomad, o rali de final de ano nos EUA aproxima os índices das máximas, apesar da ausência de indicadores econômicos significativos nesta época.
Em síntese, o ambiente global de inquietação geopolítica somado às incertezas políticas locais manteve a cautela nos mercados, influenciando negativamente o Ibovespa e impulsionando o dólar, ao passo que o mercado americano segue com perspectivas mais otimistas para o fechamento do ano.
