Ibovespa encerra em alta de 0,33% e retorna aos 155 mil pontos com otimismo no cenário internacional; dólar recua para R$ 5,39
O principal indicador da bolsa brasileira, o Ibovespa, retomou o crescimento nesta segunda-feira (24), elevando-se 0,33% e fechando aos 155.277,56 pontos após uma série de baixas registradas na semana anterior. Este movimento ocorre em meio a um ambiente global de maior apetite por risco, impulsionado pela expectativa de uma possível redução das taxas de juros dos Estados Unidos na próxima reunião do Federal Reserve, prevista para dezembro.
Além do estímulo externo, o aumento nos preços de commodities, como minério de ferro e petróleo, também contribuiu para o fortalecimento das moedas de países exportadores de matérias-primas, ressaltou Bruno Shahini, especialista em investimentos na Nomad.
Internamente, a melhora do humor dos investidores se deveu ao recuo nas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e a taxa Selic para 2026, o que demonstra uma percepção mais favorável sobre o controle das expectativas inflacionárias no país. Conforme divulgado pelo Boletim Focus, a previsão para a inflação em 2025 ajustou-se ligeiramente de 4,46% para 4,45%, enquanto para 2026 caiu de 4,20% para 4,18%.
Desempenho do Ibovespa
Durante o pregão, o Ibovespa oscilou entre uma máxima de 155.832,28 pontos e uma mínima de 154.529,17 pontos, registrando um volume financeiro negociado de R$ 27,9 bilhões.
Principais altas
Entre as ações que mais se valorizaram, destacaram-se:
- MRVE3, com avanço de 3,94% e cotação em R$ 8,71;
- ASAI3, que subiu 3,88%, negociada a R$ 9,36;
- VAMO3, que cresceu 3,83%, fechando em R$ 3,52;
- ALOS3, em alta de 2,97%, cotada a R$ 27,76;
- MGLU3, que subiu 2,80%, com preço de R$ 9,90.
Principais baixas
Entre as maiores quedas, figuraram:
- CMIN3, despencando 6,26%, a R$ 5,24;
- CVCB3, em queda de 5,46%, cotada a R$ 1,73;
- AZZA3, que recuou 2,44%, negociada a R$ 28,79;
- RAIZ4, com baixa de 2,41%, fechando em R$ 0,81;
- NATU3, que caiu 1,84%, valendo R$ 7,47.
Dólar segue em queda frente ao real
O dólar comercial apresentou redução no valor frente ao real, fechando o dia com leve queda de 0,11%, cotado a R$ 5,39. Essa retração foi influenciada pela valorização das commodities, especialmente o petróleo e o minério de ferro, que sustentam a moeda brasileira.
Bolsas de Nova York encerram em alta
Nos Estados Unidos, o otimismo acerca da possibilidade de cortes nos juros pelo Federal Reserve e a melhora no desempenho das ações do setor de tecnologia impulsionaram os principais índices das bolsas de Nova York.
O S&P 500 registrou alta de 1,55%, o Nasdaq subiu 2,69% e o Dow Jones avançou 0,44% ao final do pregão.



