Ibovespa B3 fecha em alta de 0,52% impulsionado por otimismo sobre redução dos juros nos EUA; dólar recua para R$ 5,40
O índice Ibovespa da B3 avançou 0,52%, encerrando o pregão de quarta-feira (10) em 142.348,70 pontos, refletindo um cenário internacional otimista. A expectativa por uma possível queda nos juros americanos, após dados de inflação dentro do previsto no Brasil e nos EUA, impulsionou o humor dos investidores.
Durante o início da semana, os mercados aguardavam a divulgação dos índices de inflação. Ao serem anunciados, principalmente nos Estados Unidos, trouxeram alívio: o Departamento do Trabalho americano comunicou que o Índice de Preços ao Produtor (PPI) apresentou queda de 0,1% em agosto, resultado abaixo do esperado pelo mercado.
Esse dado reforça a perspectiva de que o Federal Reserve poderá diminuir os juros na próxima reunião, agendada para a semana seguinte. Amanhã, será divulgada a variação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) nos EUA, que deve influenciar o tamanho do corte nos juros.
No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou queda de 0,11% em agosto, marcando a primeira deflação mensal desde agosto de 2024 e a retração mais significativa desde setembro de 2022. Embora o número tenha sido ligeiramente inferior à projeção da Reuters, que apontava para -0,15%, o resultado reforça a tendência de controle inflacionário.
Desempenho do Ibovespa
Com esse contexto, o Ibovespa oscilou entre 141.611,77 pontos na mínima e 143.181,59 pontos na máxima do dia. O volume financeiro negociado foi de aproximadamente R$ 19,1 bilhões.
Ações com maiores variações
Entre as principais altas do pregão destacaram-se:
- MRFG3, que subiu 4,17%, cotada a R$ 24,74;
- MGLU3, valorizando-se 3,70%, a R$ 9,25;
- BBAS3, com alta de 3,04%, negociada a R$ 22,05;
- BRFS3, que avançou 2,79%, a R$ 20,24;
- PETR3, com ganho de 2,56%, cotada a R$ 34,41.
Por outro lado, as maiores quedas ficaram com:
- MRVE3, que recuou 4,83%, cotada a R$ 7,68;
- BRKM5, com perda de 3,69%, a R$ 8,87;
- SUZB3, que caiu 2,14%, negociada a R$ 50,80;
- KLBN11, desvalorizando-se 1,81%, a R$ 18,47;
- EMBR3, com baixa de 1,60%, cotada a R$ 80,19.
Comportamento do dólar
O dólar comercial sofreu desvalorização de 0,53%, fechando a R$ 5,40. Essa queda reflete o cenário de otimismo ante a possibilidade de redução dos juros nos Estados Unidos, que tende a reduzir a atratividade da moeda americana e favorecer o fluxo de capitais para outros mercados, como o brasileiro.
Mercados em Nova York
Nos Estados Unidos, a expectativa pela redução de juros já estava incorporada aos preços dos ativos, o que resultou em movimentações mais modestas. Dos três principais indicadores norte-americanos, o S&P 500 teve alta de 0,30%, o Nasdaq subiu 0,03%, enquanto o Dow Jones despencou 0,48%.



