Japão E Reino Unido Lideram Crescimento Recorde Em Treasuries Dos EUA

Japão E Reino Unido Lideram Crescimento Recorde Em Treasuries Dos EUA

Japão e Reino Unido impulsionam aumento recorde de participação estrangeira em Treasuries dos EUA; China reduz presença

Em julho, a participação estrangeira nos títulos do Tesouro dos Estados Unidos atingiu um patamar histórico, registrando recordes pelo terceiro mês seguido, conforme divulgado nesta quinta-feira (18) pelo Departamento do Tesouro dos EUA. Esse crescimento foi liderado principalmente por aportes do Japão e do Reino Unido.

O volume total de Treasuries detidos por investidores estrangeiros subiu para US$ 9,159 trilhões em julho, em comparação a US$ 9,126 trilhões no mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve um incremento próximo a 9% nesses investimentos.

Ao contrário dessa tendência positiva, a China diminuiu sua participação em títulos do Tesouro americano, registrando US$ 730,7 bilhões em julho, o menor valor desde dezembro de 2008, quando sua posse estava em US$ 727,4 bilhões.

Esse recuo da China em Treasuries tem sido gradual ao longo da última década, motivado por razões estratégicas e econômicas. O país busca reduzir a dependência do dólar em reservas internacionais, nas operações comerciais e investimentos, além de fortalecer sua moeda, o yuan, através da venda progressiva desses títulos. Analistas destacam que a desaceleração econômica chinesa, as dificuldades pós-pandemia e as barreiras comerciais impactaram negativamente as receitas de exportação, influenciando essa trajetória.

O Japão permaneceu como o maior investidor estrangeiro em títulos do Tesouro dos EUA, detendo US$ 1,151 trilhão, valor que não era alcançado desde março de 2024. Já o Reino Unido, segundo maior detentor de dívida americana, elevou seus investimentos para um novo recorde, chegando próximo de US$ 900 bilhões — uma alta de aproximadamente 5% em relação a junho, quando possuía US$ 858 bilhões.

Em termos de movimentação financeira, os Estados Unidos reverteram a saída de capital observada em junho, registrando entradas líquidas de US$ 58,2 bilhões de recursos estrangeiros em julho. Vale lembrar que em maio, o país havia recebido US$ 147,4 bilhões, o maior volume desde agosto de 2022.

Enquanto isso, houve vendas no mercado acionário norte-americano por parte dos investidores estrangeiros, totalizando US$ 16,3 bilhões em julho, após um mês de fortes aquisições que somaram US$ 163,1 bilhões em junho.

Os dados apontam que o fluxo líquido de capital para os EUA foi modesto em julho, somando apenas US$ 2,1 bilhões, valor consideravelmente menor que o resultado revisado de US$ 92 bilhões registrado em junho.

Fonte

Rolar para cima