Mercado Otimista Com O Brasil E A Visão Da XP Para Outubro

Mercado Otimista Com O Brasil E A Visão Da XP Para Outubro

Mercado demonstra otimismo com o Brasil e análise da XP para outubro; principais destaques da semana

Nos Estados Unidos, investidores mantêm uma visão positiva quanto ao mercado brasileiro, focando especialmente em setores domésticos que são sensíveis às mudanças na taxa de juros. Entre esses segmentos estão bancos, energia elétrica, saneamento, mercado imobiliário e infraestrutura, que se beneficiam das expectativas de redução da taxa Selic.

Embora o cenário seja favorável, alguns riscos continuam presentes, como a possibilidade de aumento da inflação causada por maiores gastos públicos, incertezas referentes à eleição presidencial e uma eventual valorização do dólar, fatores que podem impactar os ativos locais. Ainda assim, o Brasil se destaca diante de outras economias emergentes devido ao seu equilíbrio macroeconômico e avaliações atrativas.

Estabilidade econômica com alerta para riscos fiscais

O país está passando por um processo de reajuste gradual, evidenciado por uma desaceleração da economia e pela redução das pressões inflacionárias. A cotação do dólar está próxima de R$ 5,30, o que ajuda a controlar os preços dos bens, enquanto o mercado trabalho apresenta sinais de moderação. Adicionalmente, os cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve e a deflação exportada pela China contribuem para um ambiente menos inflacionário.

Por outro lado, há um crescimento nos riscos relacionados a uma postura fiscal mais expansionista, que pode dificultar a continuidade da redução dos juros. Os economistas da XP destacam que, apesar dos juros elevados e das incertezas fiscais, espera-se que o cenário básico para a economia brasileira permaneça estável.

Recomendações para investimentos em outubro: foco na diversificação e prudência

Setembro apresentou desempenho positivo nos mercados, com alta de 3,7% no índice global de ações (ACWI), impulsionada principalmente pelos mercados emergentes, e uma diminuição dos juros de longo prazo. Para o mês de outubro, a XP alerta para os riscos políticos e fiscais no Brasil, além das crescentes incertezas institucionais nos Estados Unidos, especialmente após o recente “shutdown” do governo americano.

As carteiras sugeridas pela XP indicam a importância de diversificar entre renda variável e fixa, ressaltando setores que tendem a ganhar com a queda dos juros e a estabilidade cambial. Para o Ibovespa, a perspectiva é alcançar 170 mil pontos até o final de 2026, apoiada em fundamentos robustos e avaliações atrativas.

Companhia Brasileira de Alumínio aposta em inovação e sustentabilidade

Durante o evento _Expert Talks – Na Mesa com CEOs_, o CEO da Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), Luciano Alves, destacou a estratégia da empresa para crescer por meio da inovação e de práticas sustentáveis. Fundada em 1955, a CBA atua de forma integrada em toda a cadeia produtiva do alumínio, desde a mineração de bauxita até a reciclagem e transformação do metal.

Conforme Alves, o foco está no aumento da eficiência produtiva e em investimentos em soluções ambientalmente responsáveis, acompanhando a demanda global por materiais mais sustentáveis. A empresa visa posicionar-se como uma referência no setor na América Latina.

Mercado de crédito com enfoque ESG ganha força

A XP aponta que o interesse dos investidores em produtos de crédito com foco em ESG (ambiental, social e governança) tem crescido. Em uma série de reuniões no Rio de Janeiro com mais de vinte instituições, os principais temas debatidos foram o mercado de carbono, a transição energética e a preparação para a COP30.

Apesar do ainda limitado apetite por fundos de ações ESG, a XP percebe um momento favorável no mercado de crédito sustentável. Esse amadurecimento possibilita novas emissões voltadas à sustentabilidade e a uma integração mais profunda dos critérios ESG nas estratégias financeiras.

Vale anuncia recompra de debêntures para otimizar alocação de capital

A mineradora Vale informou que pretende recomprar a totalidade das debêntures participativas de sua 6ª emissão. Para a XP, essa medida é visto como positiva, dado que as debêntures oferecem um retorno real próximo a 10%, superior ao custo de captação da empresa, que está em cerca de 5,5%.

Essa decisão destaca a disciplina financeira da Vale e indica uma estratégia para usar o caixa de forma mais eficiente. Segundo os analistas, a recompra pode agregar valor aos acionistas ao reduzir passivos mais caros e aprimorar o balanço da companhia.

MRV apresenta desempenho operacional abaixo do esperado

A MRV divulgou seus dados operacionais referentes ao terceiro trimestre de 2025, mostrando resultados considerados ligeiramente negativos. Em reação, as ações da empresa caíram mais de 12%, refletindo a preocupação do mercado com a performance nas vendas, lançamentos e repasses do período.

Embora a XP avalie que os fundamentos da MRV permaneçam sólidos no longo prazo, a companhia deve enfrentar desafios no curto prazo devido à desaceleração do crédito imobiliário e aos custos de construção ainda elevados.

Carteira de Fundos Imobiliários da XP foca em ganho de capital

A carteira recomendada de Fundos Imobiliários (FIIs) da XP para outubro reúne quinze ativos destinados a investidores com perfil de renda variável. O objetivo é obter retorno superior ao IFIX no longo prazo, combinando ativos de segmentos diversos, tais como escritórios, logística e renda urbana.

A XP enfatiza a importância de explorar oportunidades com potencial para valorização de capital, aproveitando o ciclo de queda dos juros e a retomada gradual do setor imobiliário. A seleção dos ativos é revisada mensalmente e pode ser ajustada conforme o panorama econômico.

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