Minidólar (WDOX25) nesta quinta-feira: atenção ao IPCA e indicadores do mercado de trabalho americano
Os contratos de minidólar com vencimento em novembro (WDOX25) encerraram a sessão anterior, em 8 de outubro, com uma queda de 0,45%, fechando aos 5.364 pontos. O mercado segue em compasso de espera diante da votação da Medida Provisória que propõe a taxação sobre investimentos e ativos digitais, apresentada como alternativa ao aumento do IOF.
O cenário também foi influenciado pela publicação da ata da última reunião do Federal Reserve. A maioria dos membros do Fed destacou o risco de elevação da inflação, embora tenha demonstrado apreensão com o estado do mercado de trabalho. O documento reforça que eventuais cortes nas taxas de juros devem ser conduzidos com cautela, dado o quadro de inflação persistentemente acima da meta e as incertezas relacionadas a tarifas e estímulos externos.
No panorama internacional, o dólar se valorizou em relação ao iene e ao euro pelo terceiro dia consecutivo, impulsionado por instabilidades políticas no Japão e na França, que aumentaram a busca por ativos considerados seguros. No Brasil, o câmbio acompanhou essa postura de cautela, com o dólar à vista apresentando leve recuo de 0,13%, sendo cotado a R$ 5,34. Para os traders, o dia foi marcado por volatilidade moderada e foco nas decisões de política fiscal e monetária tanto em Brasília quanto em Washington.
Análise do gráfico de 15 minutos e diário
O gráfico de 15 minutos mostrou que o minidólar fechou o pregão anterior em queda, sinalizando o retorno da pressão vendedora após uma recuperação inicial. O ativo finalizou abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, indicando perda da força compradora no curto prazo e possibilidade de continuidade da correção.
Para que o movimento de alta seja retomado, será necessário um volume expressivo que permita superar a resistência localizada entre 5.373 e 5.391 pontos, o que abriria espaço para os próximos alvos em 5.399/5.411 e 5.419/5.430 pontos.
Por outro lado, se o suporte em 5.360/5.352 pontos for rompido, a tendência de queda tende a se intensificar, com o ativo possivelmente testando os níveis de 5.342/5.334 e depois 5.325/5.319 pontos.
No gráfico diário, o minidólar confirmou a trajetória de baixa, operando constantemente abaixo das médias móveis e reforçando o enfraquecimento no curto prazo. Embora o movimento ainda se mantenha lateralizado, os últimos pregões sugerem que o mercado não apresenta força para iniciar uma tendência de alta robusta. A mínima anual de 5.325 pontos continua sendo um nível decisivo para o curto prazo. Uma retomada do viés altista demandará a superação da faixa de 5.419 a 5.474 pontos, o que poderia impulsionar o preço para a região de 5.522/5.550.
Já a perda do suporte entre 5.325 e 5.319 pontos pode ampliar o fluxo vendedor, direcionando o ativo para testar 5.259/5.211 pontos. O índice de força relativa (IFR) de 14 períodos fechou em 42,16, indicando um estado neutro, porém se aproximando da zona de sobrevenda.
Análise do gráfico de 60 minutos
Na visão do gráfico de 60 minutos, o minidólar também encerrou a sessão anterior em trajetória negativa, permanecendo abaixo das médias móveis de 9, 21 e 200 períodos, sinalizando fragilidade no curto prazo. O padrão segue lateralizado, sem definição clara de tendência.
Para inverter esse rumo e retomar a alta, o ativo precisa romper a resistência entre 5.379 e 5.399 pontos, o que abriria caminho para as próximas metas em 5.419/5.441 e posteriormente 5.460/5.474 pontos.
Se o suporte em 5.360/5.342 for quebrado, a pressão vendedora pode se intensificar, visando os níveis de 5.325/5.319 e 5.288/5.259 pontos, o que significaria nova pressão sobre as mínimas recentes.
Gráficos elaborados por Rodrigo Paz, analista técnico.



