Nubank ultrapassa Petrobras e torna-se a empresa brasileira mais valiosa
Na última terça-feira (28), o Nubank (ROXO34) conquistou a posição de empresa mais valiosa do Brasil, de acordo com dados da Bloomberg. A fintech atingiu um valor de mercado de US$ 77,3 bilhões, superando a Petrobras (PETR4), que possui valuation de US$ 74,7 bilhões. Esse avanço reflete a combinação de eficiência na operação, crescimento de escala e desempenho financeiro sólido apresentado pela empresa ao longo de 2024.
Durante o ano, o Nubank registrou valorização superior a 50%, apoiado por resultados consistentes. No segundo trimestre, a empresa divulgou lucro líquido de US$ 637 milhões e um retorno sobre patrimônio líquido ajustado de 31%, datas que sustentam a visão de crescimento sustentável. Além disso, o Nubank se destaca por ter uma monetização por cliente acima da média do setor e por manter um controle rigoroso dos custos.
Além dos bons resultados financeiros, a base de clientes do banco digital segue em expansão. O portfólio de usuários cresceu 17%, totalizando 122,7 milhões de clientes nos países onde atua: Brasil, México e Colômbia. No Brasil, o Nubank já atende a mais de 60% da população adulta, fortalecendo sua presença principalmente em produtos de crédito, pagamentos e investimentos.
Ranking das maiores empresas brasileiras e latino-americanas
Seis companhias brasileiras figuram entre as dez mais valiosas da América Latina. O Nubank lidera a lista com US$ 77,3 bilhões, seguido pela Petrobras com US$ 74,7 bilhões, Itaú com US$ 72,8 bilhões, Vale com US$ 52 bilhões, BTG Pactual com US$ 42,4 bilhões e Ambev com US$ 35,6 bilhões. O Mercado Livre mantém a liderança regional, com um valor de mercado de US$ 115,7 bilhões. Essa variedade de setores contribui para a robustez do ranking.
Perspectivas do mercado e recomendações
O mercado demonstra confiança na trajetória do Nubank. Mais de 70% dos analistas consultados pela Bloomberg recomendam a compra das ações da fintech, apontando um preço-alvo médio de US$ 16,66 para os próximos 12 meses. Após os resultados do segundo trimestre, o Santander dobrou a sua projeção para a empresa, enquanto o Itaú BBA considera o Nubank superior aos seus concorrentes no setor de tecnologia. Também se destaca a visão de crescimento por meio de “escala rentável”.
Próximos passos e estratégias da fintech
Entre os planos de expansão do Nubank, estão o avanço em mercados internacionais, aumento das operações de crédito com uma inadimplência controlada e crescimento das receitas provenientes de serviços. A empresa busca aprofundar o relacionamento com seus clientes por meio de venda cruzada em áreas como seguros, investimentos e empréstimos, com foco em manter margens saudáveis. A disciplina na alocação de capital e a qualidade do portfólio seguem como prioridades para os investidores.
Em resumo, o Nubank alcançou o topo no valuation brasileiro graças à combinação de crescimento acelerado, resultados sólidos e a confiança do mercado em sua capacidade de manter a lucratividade e expandir sua atuação.
