O cotidiano de um banqueiro de investimento e a relevância da educação financeira
Pedro Freitas, sócio do Investment Banking da XP, foi o convidado do quarto episódio do podcast Raiz do Negócio, uma colaboração entre InfoMoney e The AgriBiz. Durante a conversa, Freitas explicou em detalhes como é a rotina de um banqueiro de investimento, destacando a necessidade de compreensão profunda das empresas, desenvolvimento de soluções financeiras e condução de operações de crédito, garantindo que investidores tenham acesso a novas oportunidades de mercado.
Uma das questões ressaltadas por Freitas é que a abertura do mercado de capitais representa uma nova fonte de recursos para as companhias, diminuindo a dependência de grandes instituições financeiras tradicionais. Além disso, ele enfatizou o papel educativo da XP, que promove eventos voltados a aproximar investidores do setor agropecuário, fomentando o entendimento sobre as operações das usinas, a dinâmica dos preços das commodities e os processos produtivos envolvidos. “Não tem como conhecer se não for lá. Tem que sujar a botina”, brincou, sublinhando a importância da experiência prática para compreender o funcionamento desse segmento.
Essa proposta de educação é contínua. Um exemplo recente foi a realização da segunda edição do Global Agribusiness Forum (GAFFFF), no Allianz Parque, em São Paulo, evento que ocorreu em junho e reuniu especialistas para debater temas relacionados ao agronegócio, promovendo o desenvolvimento de cultura e conhecimento no setor.
Freitas ressaltou que essa formação é crucial não apenas para investidores, mas também para os produtores rurais, ajudando-os a focar na geração de caixa, na produtividade eficiente e na governança corporativa. Esses aspectos são fundamentais para que o setor mantenha sua resiliência em períodos adversos e esteja preparado para aproveitar novas possibilidades de crescimento.
Foco em eficiência e produtividade
O sócio da XP salientou que a eficiência produtiva é um dos pilares essenciais para o êxito no agronegócio. Segundo ele, aqueles que conseguem produzir mais utilizando menos recursos tendem a permanecer competitivos e resistentes, mesmo diante das oscilações desfavoráveis nos preços das commodities. “Quem produzir mais dentro daquele espaço com menos custo é quem, no longo prazo, vai estar resiliente”, afirmou.
Freitas também evidenciou as oportunidades de médio e longo prazo no setor agropecuário, levando em conta o aumento global da demanda por alimentos e biocombustíveis. Com alta produtividade e extensas áreas disponíveis, o Brasil está bem posicionado para suprir essa procura, oferecendo aos investidores chances estratégicas em diferentes segmentos, como produção de energia, proteínas e produtos agrícolas.



