OranjeBTC inicia negociação na B3 com US$ 455 milhões em bitcoins e projeta crescimento
A OranjeBTC fez sua estreia na bolsa de valores brasileira recentemente e já planeja aumentar suas reservas de bitcoin, além de lançar programas educacionais para incentivar maior adoção dos ativos digitais no Brasil.
Com investimentos de figuras renomadas como o pioneiro do bitcoin Adam Back e os bilionários gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, a empresa conta atualmente com uma reserva de 3.675 bitcoins, estimada em aproximadamente US$ 455 milhões, conforme destacou Guilherme Gomes, CEO e fundador da OranjeBTC.
Esse montante posiciona a empresa entre as 30 maiores detentoras de bitcoin em todo o mundo, segundo dados do site BitcoinTreasuries.net, que acompanha 345 instituições com ativos digitais em seus balanços.
Gomes também revelou que a OranjeBTC pretende usar essas reservas crescendo aliadas a uma área educacional dedicada, que vai oferecer cursos, eventos e treinamentos relacionados a bitcoin, criptoativos e inteligência artificial, utilizando a estrutura da Intergraus, empresa adquirida no processo de abertura de capital.
Adam Back confirmou sua participação como investidor na OranjeBTC, enquanto os gêmeos Winklevoss não responderam aos pedidos de comentário.
Entre os concorrentes da OranjeBTC no mercado brasileiro está a Méliuz, que, no início de 2025, aprovou uma estratégia de tesouraria com foco em investimentos e alocação de recursos em bitcoin.
Josh Levine, presidente da OranjeBTC e ex-executivo de grandes fundos como BlackRock e Bridgewater Associates, enxerga o Brasil como o mercado de capitais mais sofisticado da América do Sul, destacando a rápida assimilação tecnológica no país como um fator importante para a expansão da empresa.
Levine comentou em entrevista que o mercado financeiro brasileiro sempre lhe chamou atenção pela inovação e, com o avanço da tecnologia blockchain e bitcoin, tornou-se um ambiente ideal para o trabalho da OranjeBTC.
Na abertura das negociações, as ações da empresa (ticker OBTC3) apresentaram uma queda de 2,3%, negociadas em torno de R$ 23,46, com valor de mercado estimado em cerca de R$ 4 bilhões, conforme dados da Bloomberg.
A organização conta atualmente com aproximadamente 30 colaboradores e possui caixa suficiente para suportar as operações pelos próximos três anos, segundo informações do CEO Guilherme Gomes.
A entrada na bolsa ocorreu por meio de um IPO reverso, com a compra da Cursinho Intergraus em setembro de 2025, e agora a empresa pretende expandir suas atividades educacionais usando essa base como alicerce.
Apesar do interesse em crescer na América do Sul, a OranjeBTC priorizará inicialmente o fortalecimento da marca, plataforma educacional e reservas de bitcoin antes de avançar para a expansão regional, afirmou Gomes.



