OranjeBTC inicia negociações na B3 com US$ 455 milhões em bitcoins e projeta crescimento
A OranjeBTC, que recentemente abriu seu capital na bolsa brasileira, anuncia planos para ampliar suas reservas de bitcoin e implementar um braço educacional focado em cursos, eventos e treinamentos para fomentar a adoção dos ativos digitais no país, conforme informou o CEO e fundador Guilherme Gomes.
Com um portfólio de 3.675 bitcoins, avaliados em aproximadamente US$ 455 milhões, a empresa se posiciona entre as 30 maiores detentoras desse ativo digital dentre as 345 entidades que o possuem em seus balanços, segundo dados do BitcoinTreasuries.net.
Além da expansão das reservas, a OranjeBTC pretende consolidar sua área educacional, que será fundada com base na estrutura da Cursinho Intergraus, empresa adquirida por meio de um IPO reverso concluído no início de setembro. Esse braço será fundamental para os novos projetos vinculados a bitcoin, ativos digitais e inteligência artificial.
O CEO confirmou que a companhia conta com investidores renomeados, como Adam Back, pioneiro no universo bitcoin, e os irmãos bilionários Tyler e Cameron Winklevoss.
Josh Levine, presidente da OranjeBTC e ex-executivo da BlackRock e Bridgewater Associates, destacou a sofisticação do mercado de capitais brasileiro, que considera como o mais avançado da América do Sul, especialmente devido à rápida incorporação de novas tecnologias, o que cria um cenário propício para o crescimento da empresa. Ele afirmou que o ambiente financeiro brasileiro tem uma combinação perfeita com o foco da empresa em blockchain e bitcoin.
Em comparação, a OranjeBTC enfrenta concorrência da Méliuz, que recentemente aprovou uma estratégia de tesouraria voltada ao investimento em bitcoin, reforçando o interesse crescente das companhias brasileiras por esse ativo.
Atualmente, as ações da OranjeBTC (cód.: OBTC3) estavam cotadas em torno de R$ 23,46, com uma leve queda. O valor de mercado da empresa gira em torno de R$ 4 bilhões. A companhia conta com cerca de 30 colaboradores e possui caixa suficiente para cobrir suas operações durante mais de três anos.
Embora um crescimento regional esteja nos planos, o CEO Guilherme Gomes explicou que a prioridade agora é o fortalecimento da marca, o desenvolvimento da plataforma educacional e a ampliação das reservas de bitcoin antes de buscar expansão na América do Sul.




