Traidor Da Constituição: Alckmin Em Defesa Da Democracia E Da Pátria

Traidor Da Constituição: Alckmin Em Defesa Da Democracia E Da Pátria

“Traidor da Constituição é traidor da Pátria”, afirma Alckmin em manifestação pela democracia

Em um evento do movimento “Direitos Já!”, o vice-presidente Geraldo Alckmin criticou duramente as tentativas golpistas e as ações que, segundo ele, prejudicam a imagem do Brasil no exterior. A manifestação, que reuniu políticos, artistas e intelectuais, ocorreu no tradicional Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA).

Durante seu discurso, Alckmin fez um forte apelo em defesa da democracia e das instituições brasileiras. Ele destacou a gravidade das investidas contra o Estado Democrático de Direito, afirmando: “Imaginem, se perderam as eleições, tentaram dar o golpe, imaginem se tivessem ganhado as eleições”.

O vice-presidente também condenou a atuação de bolsonaristas que, mesmo fora do governo, continuam atuando contra os interesses do país no cenário internacional, divulgando notícias falsas para prejudicar empregos e empresas brasileiras. Embora sem mencionar nomes, Alckmin fez referência indireta ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, que tem buscado apoio nos Estados Unidos para anistiar condenados pela trama golpista. Segundo ele, não pode haver crime político maior do que colaborar contra a própria democracia nacional.

O pronunciamento aconteceu em celebração ao Dia Internacional da Democracia, que teve como tema a defesa da soberania nacional. O Supremo Tribunal Federal (STF) foi aplaudido pelo público presente durante o evento.

Alckmin enalteceu o papel do Poder Judiciário e reforçou a importância da separação dos poderes, princípio fundamental garantido pela Constituição. Para encerrar sua fala, citou a conhecida frase de Ulysses Guimarães: “Traidor da Constituição é traidor da Pátria”.

A escolha do Teatro da PUC para sediar a manifestação teve forte simbolismo histórico. Desde sua inauguração em 1965, o TUCA se consolidou como um centro cultural e um importante espaço de resistência contra a ditadura militar, tendo sido palco de diversas mobilizações estudantis e civis que colaboraram para a redemocratização do Brasil.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participou do encontro por meio de vídeo e relembrou as dificuldades enfrentadas para a construção da democracia após 21 anos de regime autoritário. Ela ressaltou que nunca imaginou que o Estado Democrático de Direito pudesse novamente ser ameaçado por grupos golpistas, em referência aos episódios violentos de 8 de janeiro de 2023.

Marina destacou ainda o cenário atual de intensificação da radicalização política, disseminação de fake news e interferências externas inéditas desde a Guerra Fria, defendendo que somente com uma democracia robusta e participativa o Brasil poderá trilhar um caminho de prosperidade alinhado ao desenvolvimento sustentável.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, acrescentou que a proteção da democracia requer mais do que manifestações públicas, sendo necessário um amplo pacto interno no país e a formação de alianças internacionais para enfrentar movimentos antidemocráticos globais.

O ato ocorreu em um contexto de elevada tensão política, após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por seu envolvimento na trama golpista, decisão que gerou repercussão internacional e agravou a crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos.

Recentemente, as relações bilaterais sofreram novos abalos com ameaças de sanções e dificuldades relacionadas à concessão de vistos para a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve participar da Assembleia-Geral da ONU em Nova York na próxima semana.

Em entrevista à rede norte-americana Fox News, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o país adotará medidas punitivas em resposta à condenação de Bolsonaro, com anúncios previstos para a próxima semana.

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