XPML11 realiza venda de participações em shoppings e anuncia valor e consequências financeiras
O fundo imobiliário XPML11 formalizou um memorando de entendimentos para a alienação de participações em nove shoppings de sua carteira, com valor estimado em R$ 1,6 bilhão. A operação será conduzida pela Riza Real Estate, que ficará responsável pela criação de um novo fundo de investimento imobiliário (FII) para gerir os ativos adquiridos. Essa iniciativa tem como objetivo proporcionar liquidez imediata ao XPML11 e está alinhada à estratégia de diversificação e otimização da gestão dos ativos.
Detalhes da negociação e dos empreendimentos envolvidos
A transação contempla a venda de parcelas em diversos shoppings: 45% do Tietê Plaza Shopping (SP), 15% do Partage Santana Shopping (SP), 25% do Campinas Shopping (SP), 20% do Grand Plaza Shopping (SP), 17,5% do Caxias Shopping (RJ), 100% do Shopping Downtown (RJ), 40% do Shopping Metropolitano Barra (RJ), 39,99% do Shopping Ponta Negra (AM) e 14,31% do Shopping Bela Vista (Salvador).
O pagamento será realizado em parcelas, sendo aproximadamente 68% do valor, equivalente a cerca de R$ 1,1 bilhão, pago à vista, enquanto o restante será quitado em até cinco anos.
Conforme a gestora XP Asset, responsável pelo XPML11, a venda deve liberar uma liquidez próxima a R$ 1 bilhão e gerar um ganho de capital da ordem de R$ 278 milhões. Isso pode resultar em uma distribuição bruta de dividendos ao redor de R$ 4,90 por cota.
O fechamento da operação está previsto para ocorrer em até 90 dias, condicionado à estruturação do novo fundo pela Riza, à captação dos investimentos necessários e outras condições acordadas.
Relevância estratégica e aprimoramento da gestão do XPML11
De acordo com a XP Asset, a operação está alinhada à estratégia do fundo de concentrar suas participações minoritárias em ativos-chave do setor de shoppings, sob administração de grandes gestores. A venda transformará algumas posições majoritárias em minoritárias e permitirá a retirada de ativos que perderam importância operacional dentro do portfólio.
A transação também atende a uma necessidade urgente de liquidez do XPML11, especialmente para saldar compras a prazo que somam cerca de R$ 780 milhões com vencimento em dezembro. A expectativa inicial era captar aproximadamente R$ 350 milhões, valor que a venda poderá cobrir integralmente.
Recentemente, o gestor Felipe Teatini, em entrevista ao Liga de FIIs, mencionou a possibilidade de desinvestir em ativos que não estejam alinhados à visão futura do fundo, reafirmando o movimento de ajuste da carteira. Espera-se que essa venda contribua para a melhora dos indicadores operacionais do XPML11, ao mesmo tempo em que mantém os dividendos estáveis em torno de R$ 0,92 por cota, valor mantido por cerca de um ano.