Após projeção moderada, CEO da Nvidia reforça que a competição na inteligência artificial está longe do fim
Jensen Huang, presidente-executivo da Nvidia, buscou acalmar os investidores que estavam apreensivos com sinais de desaceleração no crescimento da fabricante de chips, garantindo que a corrida pela inteligência artificial (IA) ainda está apenas no começo e que as oportunidades nesse setor se expandirão para um mercado trilionário nos próximos anos.
Na quarta-feira (27), Huang tentou dissipar dúvidas acerca de um possível término do aumento nos investimentos em chips usados em IA. Ele destacou que o mercado relacionado à infraestrutura para IA deve movimentar entre US$ 3 trilhões e US$ 4 trilhões até o fim desta década.
Essa manifestação veio no mesmo dia em que a Nvidia divulgou uma previsão para o terceiro trimestre que atende as expectativas dos analistas, porém abaixo das projeções otimistas que fizeram as ações da empresa subirem cerca de 33% ao longo do ano.
Huang ressaltou que a revolução industrial da inteligência artificial já está em andamento e reforçou o otimismo diante da crescente demanda por parte de grandes empresas de tecnologia, operadores de data centers e, especialmente, do mercado chinês. Ele mencionou investimentos previstos de aproximadamente US$ 600 bilhões em data centers este ano, realizados por clientes importantes como Microsoft e Amazon.
Segundo o executivo, para um data center que custe até US$ 60 bilhões, a Nvidia poderá captar cerca de US$ 35 bilhões em vendas, evidenciando o impacto significativo da empresa nesse segmento.
Essas declarações contrastam com a previsão mais cautelosa da Nvidia para as vendas do terceiro trimestre, calculadas em torno de US$ 54 bilhões, um pouco acima da média estimada pelos analistas, que é de US$ 53,14 bilhões, segundo dados da LSEG.
Por fim, Huang enfatizou que não vê motivos para desaceleração no crescimento dos lucros com chips para inteligência artificial. No segundo trimestre, a Nvidia apresentou um lucro líquido superior ao esperado para o terceiro trimestre pela Apple, uma das concorrentes no setor de tecnologia.